Barack Obama pôde finalmente gritar vitória. Ontem à noite, e passados vários meses de impasse, a maioria democrata da Câmara dos Representantes votou a favor da reforma da saúde, o principal cavalo de batalha do presidente norte-americano.
“Esta noite, depois de todos terem dito que não era possível, provámos que somos capazes de fazer grandes coisas e responder a grandes desafios. Respondemos à chamada da história e demonstrámos que o nosso governo funciona a favor de todos os americanos”, congratulou-se Barack Obama no final da votação, perto da meia-noite.
É a primeira vez em quatro décadas que a legislação do sistema de saúde norte-americano é totalmente revisto, depois de várias tentativas falhadas no passado (Harry Truman, John F. Kennedy, Gerald Ford, George H. Bush, Bill Clinton e George W. Bush).
A aprovação desta reforma permitirá garantir cobertura a 32 milhões de norte-americanos que actualmente não têm qualquer tipo de assistência. Assim, 95% da população norte-americana, com menos de 65 anos, ficará coberta por um sistema de saúde. Quanto aos mais velhos, esses já tinham direito a um sistema de saúde público (Medicare).
De forma a corrigir algumas distorções, esta reforma passará já a proibir que as companhias de seguros se recusem a cobrir uma pessoa doente. Mas só a partir de 2014 – quando entrar em vigor – serão aplicadas as várias medidas, como a atribuição de benefícios às empresas que garantam assistência aos seus trabalhadores, a ajuda às famílias mais modestas e a obrigação de todos os adultos terem um seguro de saúde.
“Não é uma reforma radical mas é uma grande reforma”, salientou o presidente norte-americano, depois de conhecidos os resultados da votação.
Eram apenas necessários 216 votos mas foram 219 os democratas que disseram sim à proposta de reforma redigida e votada pelo Senado no final de 2009, acrescentando-lhe várias emendas, de forma a harmonizar a legislação produzida em ambas as câmaras do Congresso com os requerimentos da Casa Branca.
“Não teríamos chegado aqui sem a extraordinária visão e liderança do Presidente Obama”, declarou Nancy Pelosi, que desempenhou um papel igualmente determinante na conciliação dos democratas. “Este voto é histórico. Estamos a juntar-nos à galeria das leis mais importantes para o progresso social dos Estados Unidos: a criação da Segurança Social [em 1935, por Franklin Roosevelt] e do Medicare [em 1965, por Lyndon Johnson]”, destacou.
Porém, estas "correcções" serão ainda enviadas ao Senado. Os republicanos terão já amanhã uma nova oportunidade para travar as medidas, embora seja difícil pois a votação será feita através de um processo de reconciliação, o que exige uma maioria simples de apenas 51 votos.
Os conservadores alegam que a maioria do Congresso actuou contra a vontade da população americana, que dizem estar contra esta lei. A nove de Março, de acordo com as sondagens divulgadas pelo “Gallup”, 48% dos norte-americanos não concordavam com a reforma, contra 45% de apoiantes.
A reforma da saúde terá um custo de 940 mil milhões de dólares em 10 anos que será pago através de poupanças com cortes e reajustes em programas federais e com recolha de novas receitas fiscais. O novo plano deverá reduzir o défice norte-americano em 138 mil milhões de dólares no mesmo período, segundo os números do Gabinete do Orçamento do Congresso (CBO).
“Esta noite, depois de todos terem dito que não era possível, provámos que somos capazes de fazer grandes coisas e responder a grandes desafios. Respondemos à chamada da história e demonstrámos que o nosso governo funciona a favor de todos os americanos”, congratulou-se Barack Obama no final da votação, perto da meia-noite.
É a primeira vez em quatro décadas que a legislação do sistema de saúde norte-americano é totalmente revisto, depois de várias tentativas falhadas no passado (Harry Truman, John F. Kennedy, Gerald Ford, George H. Bush, Bill Clinton e George W. Bush).
A aprovação desta reforma permitirá garantir cobertura a 32 milhões de norte-americanos que actualmente não têm qualquer tipo de assistência. Assim, 95% da população norte-americana, com menos de 65 anos, ficará coberta por um sistema de saúde. Quanto aos mais velhos, esses já tinham direito a um sistema de saúde público (Medicare).
De forma a corrigir algumas distorções, esta reforma passará já a proibir que as companhias de seguros se recusem a cobrir uma pessoa doente. Mas só a partir de 2014 – quando entrar em vigor – serão aplicadas as várias medidas, como a atribuição de benefícios às empresas que garantam assistência aos seus trabalhadores, a ajuda às famílias mais modestas e a obrigação de todos os adultos terem um seguro de saúde.
“Não é uma reforma radical mas é uma grande reforma”, salientou o presidente norte-americano, depois de conhecidos os resultados da votação.
Eram apenas necessários 216 votos mas foram 219 os democratas que disseram sim à proposta de reforma redigida e votada pelo Senado no final de 2009, acrescentando-lhe várias emendas, de forma a harmonizar a legislação produzida em ambas as câmaras do Congresso com os requerimentos da Casa Branca.
“Não teríamos chegado aqui sem a extraordinária visão e liderança do Presidente Obama”, declarou Nancy Pelosi, que desempenhou um papel igualmente determinante na conciliação dos democratas. “Este voto é histórico. Estamos a juntar-nos à galeria das leis mais importantes para o progresso social dos Estados Unidos: a criação da Segurança Social [em 1935, por Franklin Roosevelt] e do Medicare [em 1965, por Lyndon Johnson]”, destacou.
Porém, estas "correcções" serão ainda enviadas ao Senado. Os republicanos terão já amanhã uma nova oportunidade para travar as medidas, embora seja difícil pois a votação será feita através de um processo de reconciliação, o que exige uma maioria simples de apenas 51 votos.
Os conservadores alegam que a maioria do Congresso actuou contra a vontade da população americana, que dizem estar contra esta lei. A nove de Março, de acordo com as sondagens divulgadas pelo “Gallup”, 48% dos norte-americanos não concordavam com a reforma, contra 45% de apoiantes.
A reforma da saúde terá um custo de 940 mil milhões de dólares em 10 anos que será pago através de poupanças com cortes e reajustes em programas federais e com recolha de novas receitas fiscais. O novo plano deverá reduzir o défice norte-americano em 138 mil milhões de dólares no mesmo período, segundo os números do Gabinete do Orçamento do Congresso (CBO).
Notícia do Jornal de Negócios online
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