22 dezembro 2014

PRESÉPIO VIVO EM MARVÃO (2014) II

Edição de 2014 do Presépio Vivo em Marvão, aqui fica mais um vídeo com o novo pastor em destaque... o presépio foi organizado pela Maruam - Associação de Jovens e que decorreu nos dias 20, 21 e 22 de Dezembro de 2014.

21 dezembro 2014

MANJAR DOS DEUSES II

Com mais comensais que o 1.º Manjar dos Deuses, realizado a 05 de Setembro de 2008, regressámos ao Restaurante "Los Dolmenes”, restaurante muito bom, situado na Aceña de la Borrega, Valência de Alcántara – Espanha, muito perto da fronteira de Marvão.

As legendas estão em Castellaño.
Quim, Hugo, Isabel, Ribas e Gomes
Patê
Esparragos Blancos Extra Grueso
Revuelto de la Casa
Pimiento de Piquillo "Rellenos de Boletus"
Langostinos al Ajillo
Chuleton de Ternera
Mus de Limón y Crema Catalana

PRESÉPIO VIVO EM MARVÃO (2014)

Edição de 2014 do Presépio Vivo em Marvão que mais um ano foi organizado pela Maruam - Associação de Jovens e que decorre nos dias 20, 21 e 22 de Dezembro de 2014.

20 dezembro 2014

CONCERTO DE NATAL EM MARVÃO COM O GRUPO DOS MOVIMENTOS CATÓLICOS DE LISBOA

Concerto Natal em Marvão com a participação do Grupo dos Movimentos Católicos de Lisboa (Concerto de Natal dos Movimentos) que decorreu na Igreja de Santiago, organizado pela Maruam - Associação de Jovens, a 19 de Dezembro de 2014.

Aqui ficam os vídeos:

Vídeo 1



Vídeo 2



Vídeo 3

18 dezembro 2014

Maruam - Associação de Jovens organiza mais uma edição do conhecido Presépio Vivo de Marvão

É mais uma edição do Presépio ao Vivo em Marvão, antecedido por um concerto de Natal. De 19 a 22 de Dezembro, o Natal celebra-se em Marvão, com iniciativas promovidas pela Maruam - Associação de Jovens.

12 dezembro 2014

Quinzena Gastronómica da Caça em Marvão

Vai realizar-se, mais uma Quinzena Gastronómica da Caça, de 20 de Dezembro a 4 de Janeiro de 2015 nos restaurantes aderentes do concelho de Marvão. Um iniciativa a não perder para quem gosta de apreciar a gastronomia tradicional.

07 dezembro 2014

90 ANOS DE MÁRIO SOARES

No dia em que Mário Soares celebra 90 anos, associo-me a todos os que ao longo do dia o tem felicitado pelo seu aniversário.
Está patente que este aniversário é mais do que uma celebração dos seus 90 anos. É uma celebração da sua vida dedicada a Portugal, com momentos positivos e negativos, mas cujo contributo para a democracia é inegável.
Esta minha homenagem é feita com o debate Histórico de 6 de Novembro de 1975, entre Mário Soares, líder do Partido Socialista e Álvaro Cunhal, líder do Partido Comunista, moderado por Joaquim Letria e José Megre.
Nos tempos que correm, a maior tristeza é não encontrarmos nos políticos actuais aquelas figuras que, como Cunhal e Soares, inspiraram gerações de Portugueses e Portuguesas.

04 dezembro 2014

OS ACIDENTES DE TRABALHO MORTAIS ESTÃO A AUMENTAR

Comunicado de Imprensa n.º 079/14

Ontem (2 de Dezembro), em Portugal, mais um trabalhador faleceu vítima de acidente de trabalho. A CGTP-IN lamenta profundamente a ocorrência destes acidentes mortais e todos aqueles que provocam graves lesões e traumas irrecuperáveis.

Segundo dados da ACT, até Novembro deste ano já tinham ocorrido 110 acidentes mortais.

Muito se tem dito acerca da redução do número de acidentes de trabalho mortais, que tem de facto vindo a descer consistentemente pelo menos desde 2008, depois de ter atingido um pico insustentável no início da primeira década dos anos 2000.

Porém, a realidade é que Portugal continua a ser um dos países da União Europeia com mais elevadas taxas de sinistralidade laboral – em 2012 Portugal ocupava em termos absolutos o 7º lugar entre os países europeus com mais acidentes de trabalho graves.

Se por um lado é verdade que o número de acidentes mortais tem diminuído, determinando uma redução do número total de acidentes de trabalho, por outro não podemos ignorar que o número de acidentes não mortais se tem mantido estável e sem grandes variações ao longo destes anos.

Por outro lado, como nos mostra a simples observação da realidade, nos últimos meses o número de acidentes de trabalho mortais recrudesceu em vários sectores.

A esta situação não é certamente alheio o quadro de crise económica e social, elevado desemprego e empobrecimento generalizado da população que está a pôr em causa os direitos dos trabalhadores e a deteriorar as condições de trabalho oferecidas aos trabalhadores, inclusive em matéria de segurança e saúde no trabalho.

O aumento do tempo de trabalho, a redução dos tempos de descanso e a intensificação dos ritmos de trabalho, bem como a precariedade dos vínculos laborais e o elevado desemprego que força os trabalhadores a aceitar qualquer tipo de emprego, em paralelo com o desinvestimento na formação e qualificação e na prevenção dos riscos profissionais são outros tantos factores que não podem ser menosprezados quando se trata de avaliar a evolução da sinistralidade laboral e que certamente estão a contribuir para grandes retrocessos nesta área.

Da mesma forma, o desinvestimento público em segurança e saúde no trabalho, com particular relevo para a redução progressiva dos meios humanos, técnicos e financeiros ao dispor da ACT, que está a impedir esta entidade de desempenhar cabalmente as suas funções em todas as áreas, tem que ser considerado nesta avaliação.

Neste contexto, concluímos que, apesar de tudo, o panorama dominante continua a ser suficientemente preocupante para que não deixemos de nos interrogar sobre o que é necessário fazer para reduzir rapidamente e de modo eficaz a sinistralidade laboral.

Para a CGTP-IN, esta elevada sinistralidade no trabalho deve-se sobretudo:

1.       À proliferação de formas de trabalho precário, num quadro de elevado desemprego;
2.       À incúria das entidades empregadoras, que num quadro de crise económica, regressam a práticas de incumprimento das normas de SST, desinvestindo nesta área e voltando a considerar a prevenção dos riscos profissionais como um custo a reduzir ou eliminar;
3.       À imposição crescente de horários de trabalho excessivamente prolongados e ritmos acelerados de trabalho;
4.       À falta de preparação dos trabalhadores, que muitas vezes conhecem insuficientemente o trabalho e os respectivos riscos e não são devidamente informados e formados para tal;
5.       À insuficiente fiscalização por parte das entidades competentes, nomeadamente a ACT, paralisada ou diminuída na sua acção por ausência de recursos humanos e materiais.

A chave do combate à sinistralidade laboral, o seu campo privilegiado de acção, está na prevenção dos riscos profissionais e a responsabilidade pelo seu desenvolvimento cabe, em primeira instância, às entidades empregadoras, que não podem a pretexto algum deixar de assumir as suas obrigações em matéria de segurança e saúde no trabalho.

Perante a repetição de casos de acidentes de trabalho mortais, a CGTP-IN reafirma que é urgente e necessário começar a agir de forma mais drástica, de modo a deixar bem claro e de uma vez por todas que as mortes no trabalho, em consequência da violação e desrespeito pelas normas de segurança por parte dos empregadores, têm causas e responsáveis e têm que começar a ser punidas como os crimes que na realidade são.

Porque a vida humana no trabalho tem o mesmo valor e dignidade e merece o mesmo respeito do que em qualquer outra circunstância da vida.

Fernando Gomes
Comissão Executiva do Conselho Nacional
Departamento Segurança e Saúde no Trabalho da CGTP-IN

03 dezembro 2014

Consumos aditivos em meio laboral

Decorreu dia 02 de Dezembro de 2014 na Escola Superior de Tecnologia da Saúde Pública um encontro técnico-científico "Consumos aditivos em meio laboral" - Estratégias de prevenção e intervenção organizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências  (SICAD).

Nesta sessão usoaram da palavra Ana Borges e Hugo Dionisio da CGTP-IN, que apresentaram o Projecto EURIDICE, sobre prevenção e intervenção nas dependências em meio laboral.

28 novembro 2014

Nota de Imprensa: PARTIDO SOCIALISTA FAZ APROVAR AS SUAS PROPOSTAS NO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO DE MARVÃO

Aqui deixo a Nota de Imprensa hoje divulgada pela Concelhia de Marvão do Partido Socialista e as propostas que foram apresentadas para as grandes opções do plano de 2015/2018 e orçamento para 2015.

Na Assembleia Municipal de Marvão, de 28 de Novembro de 2014, o Partido Socialista conseguiu aprovar a grande maioria das medidas que tinha apresentado ao executivo liderado por Vítor Frutuoso.

Este conjunto de propostas, apresentadas amplamente na Assembleia Municipal, visavam áreas desde a promoção dos produtos locais, cultura, património, acção social e participação democrática. De destacar entre elas o reforço de verbas de eventos como o Festival Internacional de Música de Marvão, o Projecto “MARVÃO TERRA À TERRA” e a implementação do Orçamento participativo.

Os membros do PS na Assembleia Municipal, apontaram ainda muitas críticas ao actual Presidente: “está bem expresso o vazio de ideias que o executivo tem em relação ao Bairro da Fronteira do Porto Roque. A política de Habitação continua sem ter uma estratégia, há um foco exagerado no desenvolvimento da Habitação com a aquisição de vários terrenos para loteamento mas sem haver a necessária aposta na reabilitação. A Educação continua sem ter apoios alargados aos jovens. A saúde está num estado de não retorno dadas as relações institucionais entre a C.M. Marvão e ULSNA. Na acção social foi rejeitada a nossa proposta de desenvolver um programa que devolva às famílias aquilo que é relativo à fatia municipal do IRS”.

Com base nestas críticas o Partido Socialista decidiu abster-se na votação do Orçamento de 2015, tendo apresentado as seguintes explicações: “não podemos votar favoravelmente estes documentos previsionais. No entanto, e porque conseguimos aprovar a maioria das nossas medidas propostas, justificamos assim, o nosso voto de abstenção”.

No final da Assembleia os responsáveis do Partido Socialista de Marvão referiram que no início do ano de 2015 vão apresentar um plano de acção que estipule a forma como as suas medidas devem ser implementadas.


Marvão, 28 de Novembro de 2014


Conjunto propostas que nasceu das bases do Programa Eleitoral do Partido Socialista nas últimas eleições, como também de uma discussão alargada entre membros desta candidatura e outras forças vivas da sociedade marvanense.

ALMOSSASSA
Tendo em conta uma fase decrescente da Feira é necessário apostar numa forte divulgação e numa estratégia para a Feira. Dessa forma é necessário reforçar esta rubrica para que a Almossassa se consolide como um evento de referência.
Dotação atual: 21.000€
Proposta: 25.000€

APOIO FOLCLORE E MÚSICA POPULAR
Temos a felicidade de ter no nosso Concelho gente que preserva a música popular e folclore, e dentro dessas dificuldades vão fazendo actividades. Estamos a falar do Encontro do Cant’Areias, que se perdeu, do Festival de Folclore de Santo António, do Encontro de Acordeões da Portagem ou do Festival de Folclore da Portagem.
Dotação atual: 0€
Proposta: 4.500€

AUTOCARROS – COMBOIO TURÍSTICO
A Junta Regional da Extremadura, juntamente com outros parceiros públicos e privados espanhóis, desenvolveu um comboio turístico entre Cáceres-V. Alcantara-Marvão. Neste seguimento esta proposta vai no sentido de a Câmara Municipal de Marvão negociar que mediante a aceitação desses grupos fazerem uma refeição em Marvão, que depois assumiria a forma de concurso com rotatividade, o Município passava a fazer a ligação de autocarro entre Espanha e Marvão.
Dotação atual: 0€
Proposta: 3.000€

DESPORTO
O Desporto, em especial o Desporto Jovem, tem um papel importantíssimo no desenvolvimento pessoal e social de muitos jovens no Concelho. Com a consolidação de muitas atividades e com o surgimento de outras, aumentando o leque de opções desportivas no concelho esta rubrica tem de ser revista, para a qual propomos um aumento de 10% na rubrica Apoio às Associações.
Dotação atual: 91.750€
Proposta: 100.925€

FEIRA – MARVÃO TERRA À TERRA
Esta proposta que foi várias vezes elogiada no nosso programa eleitoral, junta na mesma mesa produtores, empresas e associações da área rural. Este evento que carecerá de regulamento próprio, a ser discutido com os agentes locais, pretende criar um evento onde se dê a conhecer o que de melhor se faz em Marvão. Pretendemos também que este evento aconteça numa época baixa – Abril/Maio.
Dotação atual: 0€
Proposta: 10.000€

FEIRA DA GASTRONOMIA
Pura e simplesmente: reativação da Feira da Gastronomia, nos moldes originais, nas datas originais.
Dotação atual: 0€
Proposta: 40.000€

FESTIVAL DE MÚSICA
Se para muita gente foi uma surpresa positiva o Festival Internacional de Música de Marvão, para nós sempre foi uma certeza! Neste sentido é fundamental uma aposta clara e inequívoca a este Festival, fazendo depender uma boa parte deste apoio a fundos comunitários.
Dotação atual: 12.500€
Proposta: 20.000€ Financiamento definido / 80.000€ Financiamento N/ Def.

IRS
A lei das Finanças Locais não prevê a consignação de receita, no entanto achamos que esta fatia importante dos contribuintes marvanenses deveria ser empregue na mesma medida em fundos comunitários. Assim propormos que o valor do Programa Marvão Solidário tenha o mesmo valor da parte do IRS que o Município recebe. Após esta proposta ser aprovada será apresentado um novo regulamento do Programa Marvão Solidário que se dotará de outra abrangência.
Dotação atual: 7500€
Proposta: O equivalente ao estimado para o IRS.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
Dispor de uma verba para a implementação do orçamento participativo, distribuída por prestação de serviços, divulgação e funcionamento.
Dotação atual: 0€
Proposta: 1.500€

ROTA DO CONTRABANDO
É necessário dar a conhecer os trilhos do concelho de Marvão. A Rota do Contrabando poderá ser o ponto de partida para se criarem folhetos apelativos, se envolverem estabelecimentos e se apostar na divulgação. Só assim poderá ter sucesso uma aposta importante no Turismo Natureza/Aventura.
Dotação atual: 0€
Proposta: 20.000€

27 novembro 2014

Notícia no Jornal Alto Alentejo

A notícia do Jornal Alto Alentejo de 26 de Novembro de 2014 sobre eleições para a Concelhia Marvão do Partido Socialista

22 novembro 2014

Nota de Imprensa: Eleição dos órgãos dirigentes da Secção Concelhia de Marvão do Partido Socialista

A Secção Concelhia de Marvão do Partido Socialista realizou hoje, 21 de Novembro de 2014, uma Assembleia Geral Eleitoral que se destinou a eleger os novos órgãos dirigentes da Concelhia,
Fernando Gomes

Novo Presidente da Secção Concelhia de Marvão do Partido Socialista

Os militantes do PS em Marvão elegeram hoje os novos órgãos dirigentes da Secção Concelhia, Mesa da Assembleia Geral e Secretariado com Fernando Gomes a ser eleito Presidente da Concelhia.

Esta eleição é encarada como um “novo impulso na dinâmica do PS no concelho de Marvão, tendo como objectivos centrais, o reforço da Concelhia com a angariação de novos militantes, a participação activa dos simpatizantes na vida do PS e a coordenação e apoio aos Autarcas do Partido” referiu Fernando Gomes.

A construção de uma relação de confiança entre o Partido Socialista e os habitantes do Concelho, é um objectivo primordial que resulta desta eleição. Colocar os órgãos concelhios e os autarcas do PS ao serviço das pessoas.

Num momento de estagnação política do nosso Concelho, da falta de acção politica que eleve os níveis de desenvolvimento do Concelho de Marvão, responsabilidade do actual executivo PSD, é essencial criar condições para que o PS seja uma alternativa credível que mereça a confiança da população do Concelho.

Fernando Gomes é funcionário da Pousada de Santa Maria em Marvão, exercendo actualmente as funções de dirigente sindical, fazendo parte do Secretariado, Comissão Executiva e Conselho Nacional da CGTP-IN; é membro do Conselho de Administração do Instituto Emprego e Formação Profissional (IEFP); do Conselho Geral da Fundação INATEL; do Conselho Consultivo da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e do Comité Europeu para a Segurança e Saúde no Trabalho com sede no Luxemburgo.


Marvão, 21 de Novembro de 2014

13 novembro 2014

A LEGIONELLA E O TRABALHO: Medidas de prevenção, protecção e direitos associados

Um dos locais com maior probabilidade (ou risco) de contracção da “Legionella” é o teu local de trabalho. Diversas são as indústrias e actividades, que incorporam contextos e elementos materiais, susceptíveis de desenvolverem o perigo de contágio da “doença do legionário”. Fica a saber quais são e o que fazer para te protegeres.

Questões a que encontrarás resposta:
1.  O que é a Legionella?
2.  Como se transmite?
3. Que condições materiais contribuem, ou são ideais, para o crescimento da Legionella?
4.  Quais os Sintomas mais comuns?
5.  Quais as pessoas mais predispostas?
6. Em que actividades, sectores e processos laborais é maior o risco de se encontrara Legionella?
7. Que profissões ou profissionais comportam o maior risco de contágio com Legionella?
8. Como devem actuar as empresas nas quais os elementos materiais propícios ao desenvolvimento da Legionella estejam presentes?
9.  Que medidas de prevenção, saúde e segurança devem ser implementadas?
10. O que devem fazer os trabalhadores?

Nome:
Doença do Legionário
Legionella
Legionelose
Género científico: Legionella pneumophila


1. O que é a Legionella?
A doença do legionário é causada por bactérias do género legionella pneumophila, e consiste numa pneumonia bacteriana que surge de forma aguda, podendo, nos casos mais graves, provocar a morte do seu portador.


2. Como se transmite?
A infecção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água (aerossóis) contaminadas com bactérias, não se transmitindo de pessoa para pessoa, nem pela ingestão de água contaminada.


3. Que condições materiais contribuem, ou são ideais, para o crescimento da Legionella?
- Locais em que a temperatura da água se situe entre 20°C e 45°C;
- Locais com estagnação ou renovação reduzida da água;
- Locais com elevada concentração microbiana, incluindo algas, amebas, lodo e outras bactérias;
-  Locais com presença de calcário, sedimentos, lama, ferrugem ou outro material orgânico;
- Locais, nos quais se encontrem materiais de canalização degradados, como, por exemplo, peças de borracha, que podem fornecer nutrientes para aumentar o crescimento bacteriano


4. Quais os Sintomas mais comuns?
Os sintomas mais comuns são:

- Ligeira dor de cabeça;
- Dores musculares;
- Febres altas;
- Arrepios;
- Insuficiência respiratória;
- Tosse.

Excepcionalmente, também pode ocorrer náuseas, vómitos, diarreia ou dores abdominais, mas com pouca frequência.

Regra geral, cinco ou seis dias depois de um indivíduo inalar bactérias (presentes nas gotículas de água), poderão surgir as primeiras manifestações clínicas. É o chamado período de incubação que, no entanto, pode variar entre dois e dez dias.


5. Quais as pessoas mais predispostas?
- Pessoas com idade superior a 45 anos;
- Pessoas com hábitos tabágicos e alcoólicos;
- Pessoas com doença respiratória ou renal crónica;
- Pessoas com a diabetes;
- Pessoas que tenham sido sujeitas a transplantação cardíaca e renal


6. Em que actividades, sectores e processos laborais é maior o risco de se encontrar a Legionella?
Actividades como (exemplos):

-  Hotéis e restaurantes
-  Edifícios comerciais
 Indústrias (torres de resfriamento e ar condicionado)
-  Expedição
-  Escolas
-  Recintos desportivos, piscinas de natação e recreação, spas e saunas
-  Consultórios dentários
-  Hospitais e clínicas

Locais de trabalho com (exemplos):

- Sistemas de água que incorporam uma torre de arrefecimento;
- Sistemas de água que incorporam um condensador evaporativo;
- Sistemas de água quente e fria;
- Banheiras de hidromassagem, jacuzzis e banheiras de spas;
- Humidificadores e sistemas de nebulização de água;
- Tubos de água para cadeiras de dentista;
- Tanques de arejamento em estações biológicas de tratamento e estações industriais de tratamento de águas residuais;
- Máquinas de limpeza com água a alta pressão;
- Outras estações e sistemas que contêm água com probabilidade de exceder 20°C de temperatura e que podem libertar vapor de água ou aerossóis.


7. Que profissões ou profissionais comportam o maior risco de contágio com Legionella?

Eis alguns exemplos:

- Técnicos de manutenção de aparelhos de ar condicionado ou sistemas de abastecimento de água;
- Dentistas;
- Soldadores;
- Trabalhadores em instalações de lavagem de viaturas;
- Mineiros;
- Profissionais de saúde;
- Trabalhadores em estações industriais de tratamento de águas residuais;
-  Profissionais da Hotelaria e restauração.

No fundo, qualquer actividade na qual se esteja em contacto com aerossóis que possam levar à inalação de gotículas de água. As situações laborais em que tal pode suceder são muito diversas. Daí que grande parte do esforço deva de ser dispendido na aplicação de medidas preventivas.


8. Como devem actuar as empresas nas quais os elementos materiais propícios ao desenvolvimento da Legionella estejam presentes?

Em primeiro lugar, qualquer empresa nas situações anteriormente descritas, deve proceder, no âmbito das suas políticas preventivas à AVALIAÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS NO LOCAL DE TRABALHO.

A avaliação de risco é um elemento fundamental de qualquer actividade preventiva no domínio da Segurança e Saúde no Trabalho. A lei 102/2009, alterada pela lei 3/2014, no seu artigo 15.º, prevê esta actividade como uma Obrigação da Entidade Empregadora, sujeita a contra-ordenação muito grave, a aplicar pela Autoridade para as Condições de trabalho, nos casos de incumprimento.


A Avaliação de risco nesta situação consiste, em geral, nas seguintes acções:

- Exame regular da qualidade da água presente nos processos industriais
- Exame regular da Qualidade do Ar Interior e das condições de higiene e manutenção do sistema AVAC
- Análise do estado das condutas, junções, isolamentos, etc., dos sistemas de ventilação, irrigação, arrefecimento…
- Análise do estado dos condensadores, termoacumuladores, ares condicionados, humidificadores, sistemas de água quente e fria …
- Análise do estado de tubos, mangueiras, tanques, reservatórios…
- Análise do risco associado às situações de contacto humano com as fontes de risco…

Nota: Em 2013 o governo PPD/PSD alterou o Decreto-lei 78/2006 que obrigava os promotores de edifícios (de todas as actividades, em geral) a promoverem a certificação energética dos edifícios. Nesta certificação energética, a qualidade do ar interior era, igualmente, certificada. Com a alteração prevista no Decreto Lei 118/2013, deixou de exigir a certificação energética e da qualidade do ar interior à maioria dos promotores de edifícios, entre eles, está o caso da Industria, passando essa certificação a ser meramente voluntária. Com esta medida, prejudicou-se, não apenas, as condições de trabalho, nomeadamente em matéria de saúde ocupacional face à qualidade do ar ambiente, mas também a saúde pública, em geral.


9. Que medidas de prevenção, saúde e segurança devem ser implementadas?
A aplicação de medidas de prevenção é uma das Obrigações da Entidade Empregadora, prevista na Lei 102/2009, alterada pela Lei 3/2014.

Medidas de Segurança:

Eis alguns exemplos de medidas que podem ser exigidos:
- Limpeza, desinfecção e manutenção das instalações e equipamentos contaminados.
- Colocar as entradas de ar novo longe de torres de arrefecimento de sistemas de condicionamento de ar;
- Evitar zonas de estagnação no sistema de distribuição de água quente e fria;
- Estabelecer protocolos de manutenção e desinfecção periódicas dos equipamentos que  possam favorecer a multiplicação destas bactérias;
- Nos sistemas de distribuição de água, particularmente em grandes edifícios, e sobretudo nos que por razões de planeamento interno, encerram parcial ou totalmente em determinados períodos, a temperatura deve manter-se entre valores que dificultem a multiplicação destes microrganismos (água quente superior a 50ºC e água fria inferior a 20ºC);
- Uso de máscaras apropriadas pelos trabalhadores que lidam com estas instalações e/ou que são responsáveis pela sua manutenção.
- Certificação da Qualidade do Ar Interior (QAI).


Medidas de Saúde no Trabalho:
Eis algumas das medidas que têm de ser implementadas pelo médico do trabalho:

Consulta, observação e vigilância dos trabalhadores que estejam em situações mais frágeis face ao estado geral de saúde;
Identificação, vigilância e acompanhamento dos trabalhadores com mais predisposição para a contracção da doença;
- Tomada de medidas preventivas, no domínio da coordenação da sua actividade com a do Técnico de Segurança e Saúde no Trabalho;
Efectuar os exames médicos adequados aos trabalhadores com sintomas que possam indiciar a presença da Legionella no seu organismo;
Informação dos trabalhadores e outros agentes sobre medidas profiláticas de saúde neste domínio.


10. O que devem fazer os trabalhadores?

Deveres:

- Neste domínio, o trabalhador deve cumprir todas as prescrições de segurança e saúde que sejam determinadas pela entidade empregadora, com vista à prevenção da Legionella.
- O trabalhador pode, também, tomar medidas individuais, ao nível da sua alimentação, hábitos de saúde, etc., que possam melhorar o seu estado geral de saúde.
- O trabalhador deve denunciar, alertar e informar de qualquer situação que possa constituir fonte de risco
- O trabalhador deve exigir que as situações reportadas sejam objecto de avaliação e tomada das medidas que se justificarem
- O trabalhador deve procurar evitar, afastar-se e afastar outros de situações de risco de contágio
- O trabalhador, no caso de incumprimento pela entidade empregadora, das disposições legais e convencionais aplicáveis, deve queixar-se, aconselhar-se e informar-se:

Ø  No seu sindicato, através do delegado sindical.
Ø  Através do representante para a Segurança e Saúde no Trabalho.
Ø  Através da Autoridade para as Condições de Trabalho.
Ø  Através do Delegado de Saúde.

O trabalhador deve intervir, sempre que possível, para a protecção da sua saúde e da dos seus colegas. A morte não tem cura!

Informa-te junto da tua empresa sobre quem são o Técnico de Segurança e o Médico do Trabalho responsáveis pelas medidas de Segurança e Saúde no Trabalho.


Direitos principais:

Qualquer trabalhador, neste domínio tem direito, pelo menos, a:

- Informação sobre os riscos profissionais existentes, em especial os ligados à Legionella;
- Ser consultado sobre possíveis situações de risco e medidas a tomar nesta situação;
- Formação sobre como actuar no domínio da Segurança e Saúde no trabalho, nesta caso, sobre a actuação face à Legionella;
- Usufruir de serviços competentes no domínio da Segurança e Saúde no trabalho;
- Usufruir de medidas de prevenção e protecção contra agentes biológicos no local de trabalho.

Os trabalhadores devem, também reivindicar a aplicação de planos de prevenção ambiental contra riscos biológicos e o desenvolvimento e processos de certificação da qualidade do ar interno das empresas em que laboram.

Nota: todos os direitos enumerados estão previstos na Lei 102/2009 que estabelece o Regime de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho.

Procura o teu sindicato… Sindicalizado é + seguro


Link para o Guia Prático da DGS (Direcção Geral de Saúde) – A doença dos Legionários