30 agosto 2010

Festas em Honra de Nossa Senhora da Estrela...


Parece que este ano, para além das festas no dia 8 de Setembro, não haverá outras festividades.

Alguns protagonismos que datam desde 1996, foram estragando as Festas que deveriam ser as mais importantes do Concelho. Alguns dos responsáveis vão virando a cara para o lado, como se nada fosse com eles, mas na verdade há responsabilidades que deveriam ser assumidas.

Contribuíram, não só para esgotar as festas, mas para esgotar o associativismo com actividade, dinâmico, com vida.

As Festas em Honra de Nossa Senhora da Estrela este ano são assim:


23 agosto 2010

"A soldado desconhecida", por FERREIRA FERNANDES, publicado no Diário de Notícias de 12 Agosto 2010...


"Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos. Afinal, um jovem daqueles que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatário de juventude.

Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão. Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas."

Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar... Aconteceu: anteontem, Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui. Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos.

Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das "Josefas que são o sal da nossa terra?"

Por FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias

21 agosto 2010

Do metalúrgico, Lula da Silva, para Dilma Rousseff. Uma mulher Presidente(a) do Brasil... (1)


Agora que começou a campanha na televisão, Dilma Rousseff, candidata do PT e do PMDB à Presidência do Brasil, aumenta a sua vantagem nas sondagens, antevendo uma vitória logo na primeira volta. O Brasil mudou muito. Após a eleição do Metalúrgico Lula da Silva, está agora preparado para eleger uma Mulher.

Espero que a 3 de Outubro de 2010 o Brasil opte por continuar o legado de Lula da Silva com Dilma Rousseff.


17 agosto 2010

Desemprego estagna ou sobe? Depende da abordagem...

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Regresso ao trabalho, com os dados do desemprego publicados pelo INE - Instituto Nacional de Estatísticas sobre a mesa: Uns dizem que o desemprego aumentou relativamente ao ano passado, o Governo afirma que há estagnação do desemprego.

É preciso também não esquecer que nesta época se criam novos postos de trabalho sazonais. No próximo trimestre se verá com mais precisão a evolução do desemprego.
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16 agosto 2010

CUANDO NADIE ME VE, DE ALEJANDRO SANZ



Precariedade e desemprego – travão ao desenvolvimento

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Ao longo das últimas duas décadas, Portugal passou de uma percentagem de trabalhadores com contratos temporários de 12% (em 1992) para 22% (em 2009). No mesmo período, a média da União Europeia (UE) subiu de 11,2% para 13,5%.

Estes dados são um indicador objectivo dos efeitos da política de direita para a área do emprego, cujo rumo é o da degradação da qualidade e segurança no trabalho, com impactos em milhares de trabalhadores e suas famílias, que em nada contribuíram para o crescimento económico e a convergência com a média da UE em termos económicos e sociais. Se, entre 1992 e 2009, na UE a subida dos trabalhadores com contratos precários foi de 2,3pp, em Portugal o aumento cifrou-se em 10pp. (pp – pontos percentuais)

Directamente relacionado com as políticas que conduzem ao aumento da precariedade está o aumento do desemprego (mais de 40% dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego apresentam como motivo o fim do contrato não permanente). Se, em 1992, a taxa oficial de desemprego era de 4,1% em Portugal (10% como média da UE), os últimos dados referentes a 2010 apontam para uma desastrosa subida para uma taxa de 10,8% no nosso país (9,6% como média da UE). Assim, enquanto na UE se deu uma redução, ainda que ligeira, na taxa de desemprego, em Portugal o número de desempregados mais que duplicou, tendo havido um aumento em 6,7pp na taxa de desemprego.


Para a CGTP-IN, esta realidade exige uma alteração das políticas para o emprego, no sentido da promoção do trabalho com qualidade, ao mesmo tempo que, no curto e médio prazo, é necessário um reforço do apoio aos trabalhadores e suas famílias que se encontram numa situação de desemprego. Cruzando dados de Junho do desemprego, registados pelo IEFP, com os do apoio aos desempregos da Segurança Social, verificamos que aproximadamente 200 mil trabalhadores não têm quaisquer prestações de desemprego.

Face a estes problemas, quer a perspectiva apresentada pelo Governo, de que a “situação se está a inverter”, quer a apresentada pelo PSD, de que o problema da precariedade se resolve com a generalização da desprotecção no emprego, não só não resolvem o problema com que milhares de trabalhadores estão confrontados – desemprego e precariedade, - como são a continuação de uma política que, como a realidade demonstra, aprofunda o retrocesso social e constitui um travão ao crescimento económico do país.
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