25 fevereiro 2009

A Vila de Marvão em promoção do EuroMilhões...


Vou de metro e vejo a Vila de Marvão,


ando nas ruas e vejo Marvão;

vou à Presidência da República e a zona toda cheia de Muppys com a Vila de Marvão... e eu, como sempre a chatear quem ia comigo... "olhem ali, Marvão".

Um dia em que a Vila de Marvão e a torre Eiffel invadiram Lisboa e talvez Portugal.

E já agora, o "excêntrico" sou eu... mas não digam nada a ninguém...



Marvão à noite...








17 fevereiro 2009

Benfica - Di Maria...

Benfica - A piada do Mike....

Bom, não será do agrado dos Benfiquistas, mas este espaço é de liberdade, e portanto aqui fica a "piada" do Mike...



Anónimo Mike disse...

Estive a ler no site oficial do clube que o glorioso SLB vai mudar o seu emblema.

Parece que a velhinha águia, vai agora ser substituída pelo elefante do Jumbo.

Desta forma, mostrará a grandeza do clube, as orelhas do presidente e as trombas dos 6 milhões de benfiquistas à segunda-feira.

Nota:
Mas este fim semana não foi bem assim...
Nem assim será no fim do campeonato, pois acredito que seremos campeões....

Viva o Benfica!

15 fevereiro 2009

Benfica 3 - Paços de Ferreira 2



É sempre a sofrer...

Hoje não vi o jogo, só ouvi pela TSF Online, mas valeu a pena pela segunda parte do jogo e pelo que ouvi, pelos golos fantásticos do Rúben Amorim e do Di Maria.

Na verdade as equipas precisam de estabilizar, crescer... sou daqueles que dá o beneficio da dúvida.

É preciso ter confiança!


Maria Guinot - Silêncio e tanta gente...

Os momentos de reflexão levam-nos muitas vezes às profundezas do baú das memórias em busca de temas que noutros tempos nos disseram algo, pela música, mas neste caso pela letra.

Quando os festivais da canção ainda eram verdadeiros festivais, e depois de ouvir hoje este tema na RTP1 fui procurar e aqui está...

Letra e música também de Maria Guinot.

Também eu gostava, em certos dias, de trocar a minha vida por um dia de ilusão!

14 fevereiro 2009

Karl Marx em 1867...


Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável.
O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado.
Karl Marx, in Das Kapital, 1867

10 fevereiro 2009

O Inverno - As Quatro Estações de António Vivaldi


Antonio Lucio Vivaldi, nasceu em Veneza - Itália, a 4 de Março de 1678, morrendo em Viena - Áustria a 28 de Julho de 1741.

Compositor e músico italiano do estilo barroco tardio, apelidado “il prete rosso” (o padre vermelho) por ser um sacerdote, ruivo. Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor do concerto para violino e orquestra “The Four Seasons”, as quatro estações.



09 fevereiro 2009

Há palavras que ficam...


É sempre bom receber chamadas de amigos e amigas no dia dos nossos aniversários. Este ano ficou-me marcada uma frase de uma amiga muito especial, e que não posso deixar passar sem a deixar aqui.

"que este dia se repita por muitos anos, como florinhas que há no campo na primavera"

Bonito!

Olhares... "Os Mijões"


Uma descoberta no Parque das Nações. Nem parecia Portugal...





05 fevereiro 2009

Para a MORI, Scorpions - Holiday...


Um tema que traz tantas recordações... eram os tempos da Rádio Ninho D'Águias em Marvão.

30 janeiro 2009

COMIDAS D' AZEITE EM MARVÃO


4.ª EDIÇÃO DAS COMIDAS D' AZEITE 2009

Uma quinzena dedicada aos comeres do lagar

DE 14 A 28 de Fevereiro de 2009




Restaurante da Albergaria El Rei D. Manuel
Largo do Terreiro
MARVÃO
Telf.: 245 909 150

Açorda de bacalhau com alho e azeite
Alhada com coentros, alho e azeite
Migas de pão com entrecosto frito em azeite


Restaurante da Casa do Povo
Travessa do Chabouco
MARVÃO
Telf.: 245 993 160
(Encerra às quintas-feiras)

Açorda Alentejana
Alhada de cação
Migas de pão com entrecosto
Leite-creme


Restaurante Varanda do Alentejo
Largo do Pelourinho
MARVÃO
Telf.: 245 993 272
(Encerra domingos ao jantar)

Pãozinho com azeitona
Açorda em azeite à Alentejana
Alhada de cação
Bacalhau frito em alho e azeite c/ miolo de camarão
Entrecosto com migas de pão
Carne de porco em azeite


“Café do Prado” – Petiscos da Olga
Prado da Escusa
S. SALVADOR DE ARAMENHA
Telf.: 245 993 216

Sopas gatas
Couves com bacalhau e grão à Lagareiro
Galinha tostada em azeite e alho
Doce da casa


Restaurante “Mil-Homens”
Rua Nova, Nº 14
PORTAGEM
Telf.: 245 993 122
(Encerra às segundas – feiras)

Açorda Alentejana
Bacalhau no forno com azeite e cebola
Galinha tostada em azeite
Doce de azeite e mel
Salada de fruta regada com azeite e nozes


Restaurante O Sever
Estrada do Rio Sever
PORTAGEM
Telf.: 245 993 192 / 318

Boletos salteados em azeite e alho
Sopa gata
Arroz de línguas de bacalhau, com azeite de azeitona Galega
Bacalhau frito em azeite (Bacalhau à Casa)
Bacalhau assado com azeite e alho
Bife de novilho Alentejano frito em azeite
Tiborna


Sever Churrasqueira
Rua Nova, 24
PORTAGEM
Telf.: 245 993 458
(Encerra às quartas-feiras)

Açorda Alentejana
Polvo à Lagareiro
Achigã com molho de azeite e coentros
Bacalhau assado com azeite e alho
Tiborna


Restaurante “O Tachinho”
Bairro Novo, Lote 42
PORTAGEM
Telf.: 245 993 100
(Encerra às segundas – feiras)

Sopas gatas
Açorda de bacalhau
Bacalhau frito com cebola
Migas de pão ou batata com fritada da matança
Bolo podre
Pingadas


Restaurante “Zé Calha”
Estrada Nacional 9
PORTAGEM
Telf.: 245 993 213

Entradas variadas
Açorda de bacalhau
Migas de batata com carne de Ibéricos frita em azeite
Caçolinha de veado com setas em azeite
Doces variados


Restaurante da Albergaria “O Poejo”
Avenida 25 de Abril
SANTO ANTÓNIO DAS AREIAS
Telf.: 245 992 640
(Encerra domingos ao jantar e segundas - feiras)

Favas de azeite
Massa de cogumelos com azeite e alho
Bacalhau assado com espargos verdes, com batatinhas de azeite
Costeletas de borrego Alentejano com grelos salteados em azeite
Bolo de azeite com gelado de tangerina


Restaurante “Pau de Canela”
Rua de Santo António
SANTO ANTÓNIO DAS AREIAS
Telf.: 245 992 650

Açorda Alentejana
Bacalhau assado com azeite e alecrim
Bacalhau cozido com grelos, temperado com azeite e alho
Rojões de porco Ibérico com cebolada de pimentos e castanha
Pudim de canela
Boleima batida com azeite e noz

27 janeiro 2009

As "Moules"... como comemoração de 100 apontamentos do "Percursos"...


Post 101...
Afinal já coloquei 100 apontamentos...

E parece que foi ontem.
Quando iniciei esta aventura, a 10 de Agosto de 2008, em plenas férias no Algarve muitas interrogações se colocavam sobre os futuros conteúdos.

Como alguém insistentemente me diz, o nosso Blog, é aquilo que nós queremos. O meu tem sido exactamente isso. Um conjunto de Percursos muito variados... e para comemorar, nada melhor que um jantar de "Moules" em Bruxelas...


Soupe de poissons maison avec croûtons et rouville


Moules à L'ail


Não fazia parte do jantar, mas não resisti a uma foto a esta pintura de parede.

26 janeiro 2009

Bruxelas - Em redor do quarteirão...


Algumas imagens feitas do Hotel, ou no percurso, até à conferência...



Auditório do ETUI - REHS



Avenida "Roi Albert II" estando à direita o ETUI - REHS


Vista de Bruxelas desde o 29.º andar do Thon Hotel


Edifício em frente ao hotel

25 janeiro 2009

Desde Bruxelas - Bélgica...


Algumas imagens do centro de Bruxelas - Bélgica, onde me encontro para participar, a 26 e 27 de Janeiro de 2009, numa Conferência Internacional sobre Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho...



2 Imagens da Praça dos Mártires



Uma rua com um número interminável de restaurantes...


... e alguns restaurantes com "expositores" fantásticos que nos "obrigam quase a entrar"

Ai, Sócrates, Sócrates...


Politicamente incorrecto....




23 janeiro 2009

Barack Obama - Discurso de Posse


Tomada de posse
Discurso de Barack Obama

20.01.2009

Meus caros cidadãos:

Aqui estou hoje, humilde perante a tarefa à nossa frente, grato pela confiança que depositaram em mim, consciente dos sacrifícios que os nossos antepassados enfrentaram. Agradeço ao Presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, assim como a generosidade e a cooperação que demonstrou durante esta transição.

Quarenta e quatro americanos fizeram até agora o juramento presidencial. Os discursos foram feitos durante vagas de crescente prosperidade e águas calmas de paz. No entanto, muitas vezes a tomada de posse ocorre no meio de nuvens espessas e furiosas tempestades. Nesses momentos, a América perseverou não só devido ao talento ou à visão dos que ocupavam altos cargos mas porque Nós o Povo permanecemos fiéis aos ideais dos nossos antepassados e aos nossos documentos fundadores.

Assim tem sido. E assim deve ser com esta geração de americanos.

Que estamos no meio de uma crise, já todos sabem. A nossa nação está em guerra, contra uma vasta rede de violência e ódio. A nossa economia está muito enfraquecida, consequência da ganância e irresponsabilidade de alguns, mas também nossa culpa colectiva por não tomarmos decisões difíceis e prepararmos a nação para uma nova era. Perderam-se casas; empregos foram extintos, negócios encerraram. O nosso sistema de saúde é muito oneroso; para muita gente as nossas escolas falharam; e cada dia traz-nos mais provas de que o modo como usamos a energia reforça os nossos adversários e ameaça o nosso planeta.

Estes são indicadores de crise, resultado de dados e de estatística. Menos mensurável mas não menos profunda é a perda de confiança na nossa terra - um medo incómodo de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve baixar as expectativas.

Hoje eu digo-vos que os desafios que enfrentamos são reais. São sérios e são muitos. Não serão resolvidos facilmente nem num curto espaço de tempo. Mas fica a saber, América - eles serão resolvidos.

Neste dia, unimo-nos porque escolhemos a esperança e não o medo, a unidade de objectivo e não o conflito e a discórdia.

Neste dia, viemos para proclamar o fim dos ressentimentos mesquinhos e falsas promessas, as recriminações e dogmas gastos, que há tanto tempo estrangulam a nossa política.

Continuamos a ser uma nação jovem, mas nas palavras da Escritura, chegou a hora de pôr as infantilidades de lado. Chegou a hora de reafirmar o nosso espírito de resistência, de escolher o melhor da nossa história; de carregar em frente essa oferta preciosa, essa nobre ideia, passada de geração em geração; a promessa de Deus de que todos somos iguais, todos somos livres, e todos merecemos uma oportunidade de tentar obter a felicidade completa.

Ao reafirmar a grandeza da nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é um dado adquirido. Deve ser conquistada. A nossa viagem nunca foi feita de atalhos ou de aceitar o mínimo. Não tem sido o caminho dos que hesitam – dos que preferem o divertimento ao trabalho, ou que procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Pelo contrário, tem sido o dos que correm riscos, os que agem, os que fazem as coisas – alguns reconhecidos mas, mais frequentemente, mulheres e homens desconhecidos no seu labor, que nos conduziram por um longo e acidentado caminho rumo à prosperidade e à liberdade.

Por nós, pegaram nos seus parcos bens e atravessaram oceanos em busca de uma nova vida.

Por nós, eles labutaram em condições de exploração e instalaram-se no Oeste; suportaram o golpe do chicote e lavraram a terra dura. Por nós, eles combateram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.

Tantas vezes estes homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até as suas mãos ficarem ásperas para que pudéssemos viver uma vida melhor. Eles viram a América como maior do que a soma das nossas ambições individuais; maior do que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.

Esta é a viagem que hoje continuamos. Permanecemos a nação mais poderosa e próspera na Terra. Os nossos trabalhadores não são menos produtivos do que eram quando a crise começou. As nossas mentes não são menos inventivas, os nossos produtos e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. A nossa capacidade não foi diminuída. Mas o nosso tempo de intransigência, de proteger interesses tacanhos e de adiar decisões desagradáveis – esse tempo seguramente que passou.

A partir de hoje, devemos levantar-nos, sacudir a poeira e começar a tarefa de refazer a América.

Para onde quer que olhamos, há trabalho paraa fazer. O estado da economia pede acção, corajosa e rápida, e nós vamos agir – não só para criar novos empregos mas para lançar novas bases de crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes eléctricas e linhas digitais que alimentam o nosso comércio e nos ligam uns aos outros.

Vamos recolocar a ciência no seu devido lugar e dominar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade do serviço de saúde e diminuir o seu custo. Vamos domar o sol e os ventos e a terra para abastecer os nossos carros e pôr a funcionar as nossas fábricas. E vamos transformar as nossas escolas e universidades para satisfazer as exigências de uma nova era.

Podemos fazer tudo isto. E tudo isto iremos fazer. Há alguns que, agora, questionam a escala das nossas ambições – que sugerem que o nosso sistema não pode tolerar muitos planos grandiosos. As suas memórias são curtas. Esqueceram-se do que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem fazer quando à imaginação se junta um objectivo comum, e à necessidade a coragem.

O que os cínicos não compreendem é que o chão se mexeu debaixo dos seus pés – que os imutáveis argumentos políticos que há tanto tempo nos consomem já não se aplicam. A pergunta que hoje fazemos não é se o nosso governo é demasiado grande ou demasiado pequeno, mas se funciona – se ajuda famílias a encontrar empregos com salários decentes, cuidados de saúde que possam pagar, pensões de reformas que sejam dignas. Onde a resposta for sim, tencionamos seguir em frente. Onde a resposta for não, programas chegarão ao fim.

E aqueles de nós que gerem os dólares do povo serão responsabilizados – para gastarem com sensatez, reformarem maus hábitos e conduzirem os nossos negócios à luz do dia – porque só então poderemos restaurar a confiança vital entre o povo e o seu governo.

Não se coloca sequer perante nós a questão se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. O seu poder de gerar riqueza e de expandir a democracia não tem paralelo, mas esta crise lembrou-nos que sem um olhar vigilante o mercado pode ficar fora de controlo – e que uma nação não pode prosperar quando só favorece os prósperos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não só da dimensão do nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance da nossa prosperidade; da nossa capacidade em oferecer oportunidades a todos – não por caridade, mas porque é o caminho mais seguro para o nosso bem comum.

Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos como falsa a escolha entre a nossa segurança e os nossos ideais. Os nossos Pais Fundadores, face a perigos que mal conseguimos imaginar, redigiram uma carta para assegurar o estado de direito e os direitos humanos, uma carta que se expandiu com o sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e não vamos abdicar deles por oportunismo.

E por isso, aos outros povos e governos que nos estão a ver hoje, das grandes capitais à pequena aldeia onde o meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de todas as nações e de todos os homens, mulheres e crianças que procuram um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez.

Recordem que as primeiras gerações enfrentaram o fascismo e o comunismo não só com mísseis e tanques mas com alianças sólidas e convicções fortes. Compreenderam que só o nosso poder não nos protege nem nos permite agir como mais nos agradar. Pelo contrário, sabiam que o nosso poder aumenta com o seu uso prudente; a nossa segurança emana da justeza da nossa causa, da força do nosso exemplo, das qualidades moderadas de humildade e contenção.

Nós somos os guardiões deste legado. Guiados por estes princípios uma vez mais, podemos enfrentar essas novas ameaças que exigem ainda maior esforço – ainda maior cooperação e compreensão entre nações. Vamos começar responsavelmente a deixar o Iraque para o seu povo, e a forjar uma paz arduamente conquistada no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e afastar o espectro do aquecimento do planeta.

Não vamos pedir desculpa pelo nosso modo de vida, nem vamos hesitar na sua defesa, e àqueles que querem realizar os seus objectivos pelo terror e assassínio de inocentes, dizemos agora que o nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; não podem sobreviver-nos, e nós vamos derrotar-vos.

Porque nós sabemos que a nossa herança de diversidade é uma força, não uma fraqueza. Nós somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e não crentes. Somos moldados por todas as línguas e culturas, vindas de todos os cantos desta Terra; e porque provámos o líquido amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos desse capítulo sombrio mais fortes e mais unidos, não podemos deixar de acreditar que velhos ódios um dia passarão; que as linhas da tribo em breve se dissolverão; que à medida que o mundo se torna mais pequeno, a nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América deve desempenhar o seu papel em promover uma nova era de paz.

Ao mundo muçulmano, procuramos um novo caminho em frente, baseado na confiança mútua e no respeito mútuo. Aos líderes por todo o mundo que procuram semear o conflito, ou culpar o Ocidente pelos males da sua sociedade – saibam que o vosso povo vos julgará pelo que construírem, não pelo que destruírem. Aos que se agarram ao poder pela corrupção e engano e silenciamento dos dissidentes, saibam que estão no lado errado da história; mas que nós estenderemos a mão se estiverem dispostos a abrir o vosso punho fechado.

Aos povos das nações mais pobres, prometemos cooperar convosco para que os vossos campos floresçam e as vossas águas corram limpas; para dar alimento aos corpos famintos e aos espíritos sedentos de saber. E às nações, como a nossa, que gozam de relativa riqueza, dizemos que não podemos mais mostrar indiferença perante o sofrimento fora das nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem prestar atenção aos seus efeitos. Porque o mundo mudou, e devemos mudar com ele.

Ao olharmos para o caminho à nossa frente, lembremos com humilde gratidão os bravos americanos que, neste preciso momento, patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm alguma coisa para nos dizer hoje, tal como os heróis caídos em Arlington fazem ouvir a sua voz. Honramo-los não apenas porque são guardiões da nossa liberdade, mas porque incorporam o espírito de serviço; uma vontade de dar significado a algo maior do que eles próprios. E neste momento – um momento que definirá uma geração – é este espírito que deve habitar em todos nós. Porque, por mais que o governo possa e deva fazer, a nação assenta na fé e na determinação do povo americano.

É a generosidade de acomodar o desconhecido quando os diques rebentam, o altruísmo dos trabalhadores que preferem reduzir os seus horários a ver um amigo perder o emprego que nos revelam quem somos nas nossas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro ao entrar por uma escada cheia de fumo, mas também a disponibilidade dos pais para criar um filho, que acabará por selar o nosso destino.

Os nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que os enfrentamos podem ser novos. Mas os valores de que depende o nosso sucesso – trabalho árduo e honestidade, coragem e fair play, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo – estas coisas são antigas. Estas coisas são verdadeiras. Têm sido a força silenciosa do progresso ao longo da nossa história. O que é pedido, então, é o regresso a essas verdades.

O que nos é exigido agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento, da parte de cada americano, de que temos obrigações para connosco, com a nossa nação, e com o mundo, deveres que aceitamos com satisfação e não com má vontade, firmes no conhecimento de que nada satisfaz mais o espírito, nem define o nosso carácter, do que entregarmo-nos todos a uma tarefa difícil.

Este é o preço e a promessa da cidadania.

Esta é a fonte da nossa confiança – o conhecimento de que Deus nos chama para moldar um destino incerto.

Este é o significado da nossa liberdade e do nosso credo – é por isso que homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as religiões se podem juntar em celebração neste magnífico mall, e que um homem cujo pai há menos de 60 anos não podia ser atendido num restaurante local pode agora estar perante vós a fazer o mais sagrado juramento.

Por isso, marquemos este dia com a lembrança do quem somos e quão longe fomos. No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas juntou-se à beira de ténues fogueiras nas margens de um rio gelado. A capital tinha sido abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o resultado da nossa revolução era incerto, o pai da nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo:
“Que o mundo que há-de vir saiba que... num Inverno rigoroso, quando nada excepto a esperança e a virtude podiam sobreviver... a cidade e o país, alarmados com um perigo comum, vieram para [o] enfrentar.”

América. Face aos nossos perigos comuns, neste Inverno das nossas dificuldades, lembremo-nos dessas palavras intemporais. Com esperança e virtude, enfrentemos uma vez mais as correntes geladas e suportemos as tempestades que vierem. Que seja dito aos filhos dos nossos filhos que quando fomos testados recusámos que esta viagem terminasse, que não recuámos nem vacilámos; e com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levámos adiante a grande dádiva da liberdade e entregámo-la em segurança às futuras gerações.