Na reunião mensal do Conselho de
Administração do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) onde agora
se discute a informação sobre o mercado de emprego e o flagelo do desemprego.
Em Maio o desemprego registado voltou a
aumentar face ao ano anterior, sendo de 703.205 desempregados a nível nacional,
mais 9,7% que no mês homólogo. Houve uma diminuição de 3,5% face a Março, mas
não parece consistente (razões deverão ser: o aumento dos desempregados
abrangidos em medidas de emprego e formação, mas também o não haver incentivo à
inscrição no centro de emprego e a emigração).
De facto, se os 106.983 ocupados em medidas
de emprego e formação fossem considerados desempregados pelo IEFP, o desemprego
registado saltaria para 810.188 pessoas, número ainda assim menor que o apurado
pelo INE no 1º trimestre do ano (mais de 952 mil desempregados).
O IEFP recorre cada vez mais a estas medidas,
sem que o desemprego baixe. No espaço de um ano o número de ocupados aumentou
55,5% a nível nacional, ou seja, mais 34.186).
No continente o número de ocupados foi de
102.328 (mais 53,5% que há um ano). A maioria frequenta formação profissional,
51% no IEFP e 12% fora do instituto. Segue-se o trabalho socialmente necessário
(25,8% do total) e os Estágios Profissionais (11,3%).
Relativamente ao mesmo mês do ano passado, o
aumento mais significativo verificou-se na formação profissional, seguindo-se
os Estágios e por fim o trabalho socialmente necessário. Refira-se a propósito
que o facto de o IEFP estar a privilegiar os desempregados subsidiados na
formação profissional, sendo esse o critério primordial de participação em
detrimento da idade, tempo de inscrição, habilitações ou necessidade de
melhorar competências, está não só a retirar desempregados das estatísticas do
desemprego, como a passar para o FSE despesas que são do orçamento da segurança
social, o que é inaceitável.
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