20 novembro 2012

Em reunião do Conselho de Administração do Instituto Emprego e Formação Profissional

Em reunião do Conselho de Administração do Instituto Emprego e Formação Profissional (IEFP) da qual faço parte em representação da CGTP-IN.

Estamos analisar a informação mensal do mercado de trabalho. Dados preocupantes que me deixam cada vez mais em estado choque. Senão vejamos:

O desemprego registado aumentou 22,5% de Outubro de 2011 a Outubro de 2012, chegando aos 695.000 desempregados, portanto muito abaixo do real.

Os dados do INE, apesar de se reportarem apenas ao 3º trimestre dão um quadro mais próximo da realidade. A taxa de desemprego oficial atingiu os 15,8% no 3º trimestre, o que se traduz em 870,9 mil trabalhadores desempregados, mais 26,3% do que há um ano. Entre os jovens com menos de 25 anos a taxa oficial é de 39%.

Mas o desemprego real é já de 1 milhão 391 mil pessoas (juntando os inactivos disponíveis e indisponíveis, e o subemprego dos trabalhadores a tempo parcial) e a taxa de desemprego correspondente de 24%, sendo de 52,4% entre os jovens até aos 25 anos. Muitos emigram, nomeadamente os que têm entre 25 e 34 anos. A população total desta faixa etária diminuiu em 69 mil desde o início do ano.

Desde que o Governo direita do PSD/CDS tomou posse foram destruídos 237 mil postos de trabalho, sendo a protecção no desemprego cada vez menos abrangente. Apenas um quarto dos desempregados tem agora acesso a uma prestação de desemprego, o que deixa mais de um milhão de desempregados e suas famílias em grandes dificuldades.

Um cenário catastrófico. E em 2013 e 2014 será o descalabro. Senão vejamos:

Na altura da assinatura do memorando de entendimento, em Maio de 2011, a previsão de crescimento do PIB em 2014 era de 2,5%. Agora a previsão para o mesmo ano é de 0,8%.

Está tudo dito e facilmente se percebem as consequências.

Mas o governo do PSD/CDS continua a insistir na mesma receita de austeridade que nos vai levar ao abismo.

É preciso acabar com esta política e este governo antes que este governo e esta política acabem com o país.

 

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