27 novembro 2012

Ana Gomes salienta a necessidade de investimento na política comum de segurança e defesa (CSDP)

Num debate organizado durante esta sessão plenária sobre a CSDP, Ana Gomes realçou a importância do investimento dos Estados-Membros na política de segurança e defesa, mesmo em período de recessão económica: "É precisamente por causa da crise e dos desafios que enfrentamos à escala global que a União Europeia tem de coordenar e integrar em segurança e defesa as políticas, recursos e capacidades".
 
A deputada salientou ainda que: "As recomendações deste Parlamento nos relatórios aqui presentes (...) são essenciais para a UE ter autonomia estratégica e servem também para os europeus corresponderem aos compromissos que assumiram no quadro da NATO, da ONU e das outras parcerias estratégicas, como fornecedores de segurança à escala global".
 
Numa reunião extraordinária da Comissão dos Assuntos Externos, Ana Gomes interpelou a Ministra dos Negócios Estrangeiros Cipriota, Erato Kozakou-Marcoullis, sobre o recente conflito armado na Faixa de Gaza. A deputada socialista questionou a Ministra, presente na qualidade de representante da Presidência rotativa da UE, sobre o papel da UE na resolução do conflito: "Onde estava a UE nas negociações do cessar-fogo em Gaza?". Ana Gomes questionou a Ministra sobre se os membros da UE estariam unidos em relação ao reconhecimento de um Estado Palestino na Assembleia-geral da ONU.
 
Na mesma ocasião, Ana Gomes dirigiu uma questão à representante da presidência europeia sobre a missão CSDP em preparação para o Mali: "Como é que se pode confiar no ECOWAS/CEDEAO como parceiro da União Europeia, se esta organização regional patrocinou o narco-golpe de Estado na Guiné-Bissau?"
 
Nesta sessão plenária, em Estrasburgo, foi também votada uma resolução sobre a situação dos migrantes na Líbia. Esta resolução tem como objetivo apoiar o novo governo líbio, recentemente investido com base nas primeiras eleições democráticas realizadas na Líbia em julho passado, no sentido de melhorar e de regularizar a situação dos migrantes, refugiados e dos requerentes de asilo político no pais. Milhares dessas pessoas, incluindo mulheres e crianças, sobretudo provenientes da África Subsaariana, sofrem de discriminação e maus tratos, muitos vivem em centros de detenção com condições degradantes.
 
Ana Gomes, relatora do Parlamento Europeu para a Líbia, afirmou num comunicado de imprensa do Grupo Socialista que a UE tem de apoiar a Líbia na sua transição democrática e nesse sentido prestar auxílio político e técnico ao novo governo na instauração de um sistema legal de proteção de migrantes e refugiados compatível com o Direito Internacional.

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