31 maio 2012

Posição dos Sindicalistas Socialistas da CGTP-IN sobre o Convívio de 2 de Junho de 2012



“Unidos nos ideais de Abril
Contra a exploração e o empobrecimento”

A propósito da iniciativa convocada pela CGTP-IN para o dia 2 de Junho de 2012, na Casa do Alentejo, em Lisboa, que é um encontro de confraternização entre antigos e actuais dirigentes, com o lema: “Unidos nos ideais de Abril – Contra a exploração e o empobrecimento”, os sindicalistas socialistas da Confederação informam que:

  1-   Desde o início do processo, de forma especial após o consenso encontrado sobre o lema da iniciativa, que demos o nosso contributo no âmbito dos órgãos dirigentes da CGTP-IN, no sentido de valorizar esta iniciativa como um espaço de afirmação da CGTP-IN, valorização do sindicalismo e dos sindicatos, no respeito pela Unidade, principio que desde sempre caracterizou a nossa Confederação;

  2-   Estivemos de acordo com a ideia de reconhecer e homenagear os antigos dirigentes, possibilitando a sua intervenção na iniciativa e, considerando o princípio da Unidade, propusemos a intervenção de vários sindicalistas socialistas que, no passado, exerceram funções dirigentes na CGTP-IN. Estas propostas foram aceites. Sugerimos, também, a intervenção de Ulisses Garrido, sindicalista reconhecidamente independente e da área católica, sem que a proposta tenha sido aceite;

  3-   Ao mesmo tempo propusemos que, quanto ao presente, fossem feitas intervenções de actuais dirigentes sindicais que, no quadro da composição dos actuais órgãos, expressam na actualidade e coerentemente o exercício do referido princípio de Unidade;

  4-   Por fim, Arménio Carlos, na sua qualidade e com a legitimidade que possui de Secretário-geral, encerraria os trabalhos, estabelecendo a ligação entre o passado e o presente e projectando o futuro, funcionando a sua intervenção como corolário das intervenções anteriores;

  5-   Esta proposta foi sendo constantemente recusada, sem qualquer preocupação quanto à expressão da Unidade da CGTP-IN, no presente, tão essencial nestes tempos em que sofremos o maior ataque do governo PSD/CDS, conservador e neoliberal, ao Estado Social, aos direitos dos trabalhadores e às suas organizações representativas;

  6-   Fizemos propostas que visavam valorizar a CGTP-IN e dignificar a iniciativa de 2 de Junho, mas parece que a maioria dos dirigentes da CGTP-IN tem uma interpretação da Unidade centrada e expressa somente no passado, sem qualquer relação objectiva com o presente e sem horizontes de futuro;

  7-   Neste sentido, e porque a maioria dos dirigentes não aceitou as nossas propostas, decidimos não participar no encontro de 2 de Junho de 2012, na Casa do Alentejo.

Reafirmamos que a CGTP-IN, sendo a mais bela construção dos trabalhadores e para a qual todos trabalharam no passado, continua a ser de todos e para todos no presente.

Por isso, os sindicalistas membros da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, tal como no passado, estão todos mobilizados e a mobilizar os trabalhadores, trabalhadoras e a Sociedade em geral para as grandes manifestações de 9 de Junho, no Porto, e de 16 de Junho, em Lisboa, com o objectivo de derrotar a política do Governo de direita e extrema-direita do PSD/CDS e contra a exploração e o empobrecimento.



Lisboa, 31 de Maio de 2012

O Secretariado Nacional da
Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN

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