09 agosto 2011

A propósito de comentário no Facebook sobre redução de despesas


Esta coisa de ser "obrigatório" diminuir a despesa tem muito que se lhe diga. Sempre à custa dos mesmos. Ninguém fala do aumento da receita, sem ser pela via dos impostos, porquê?

Milhões de fuga aos impostos. Como combatemos isso?

Tanta receita que se poderia obter... 

Economia clandestina. Tanto envelope que no fim do mês as empresas pagam a milhares de trabalhadores. Ainda pensamos que nos beneficia. Mas não. Prejudica-nos se tivermos uma situação desemprego, baixa médica e mais tarde no calculo da reforma. 

E no sector dos serviços, quanto o estado perde?

Desde oficinas, pequenas obras. Não se pedem facturas. A culpa é de todos nós. E nas transações de capitais? Quanta receita poderia ser obtida pelo estado... Milhões e milhões. Mas não. Nestas áreas o ESTADO não actua. Reconhece a sua incapacidade. É mais fácil reduzir a despesa, com sacrifícios para as pessoas, colocando na pobreza milhares pessoas, a quem a seguir, pela política de caridade deste Governo, vão fazer caridade, dando medicamentos, mas a seguir vão dar roupa, darão comida mas, mas o problema fundo não será resolvido. 
Perante tudo isto, nós, militantes de um Partido de esquerda tentamos encontrar medidas para reduzir a despesa. E a receita? 

1 comentário:

Nuno Vaz da Silva disse...

Amigo Fernando, é pertinente o teu artigo. Pessoalmente não vejo a discussão como um confronto entre esquerda e direita mas sim como eficiência e justiça social. Face ao contexto de despesismo é indispensável cortar gastos públicos - a actual situação não é sustentável. Mas parece-me pertinente pensar-se num novo modelo de desenvolvimento assente numa perspectiva sustentável e de acordo com as nossas disponibilidades. O estado social pode ser uma mais valia mas não funciona se não houver compromisso por parte de todos os agentes em contribuirem para esse bem comum. Pessoalmente penso que deverão existir incentivos que levem os cidadãos a serem mais eficientes nas suas escolhas e opções de vida. O Estado deve dar o exemplo e os partidos devem ser escrutinadores da acção politica dos adversários. Devem ainda funcionar como think tanks de um outro modelo de desenvolvimento socio-economico. O Estado não pode ser o garante de tudo mas as pessoas também não devem ser abandonadas por sua conta. Desejo que impere o bom senso e que os partidos se reinventem em prol dos seus eleitores e do seu país (ou seja, mais do que em prol dos seus militantes).