14 novembro 2010

O assessor e o coveiro em concurso


No Diário da República n.º 255 de 6 de Novembro 2008 estão a concursos dois lugares, um lugar de assessor num Instituto Público – Instituto Português da Juventude, e um lugar de Coveiro na Câmara Municipal de Lisboa.
No primeiro caso (Assessor);
No aviso n.º 11 466/2008 (2ª Série), declara-se aberto concurso no Instituto Português da Juventude para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento é cerca de 3500 €.
Na alínea 7, sobre o "Método de selecção” a utilizar estipula-se a realização de uma prova pública que consiste na:
"Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato".

No segundo anúncio (Coveiro);
No aviso simples da página 26 922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento andaria em 2008 nos 450 € mensais, estabelecendo como método de selecção o seguinte:
Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.

A prova consistia no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
4. - Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.

5. - Por fim, o candidato/a tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
6. - Os cemitérios fornecem documentação para estudo.

Para rematar, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
7. - No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.

ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 450 EUROS MENSAIS?

Enquanto o outro, com 3500 € só precisa de uma cunha...
  
Vale a pena dizer mais alguma coisa?

Talvez dizer, que por causa desta qualidade dos concursos existem Coveiros cultos e Assessores que são uma nulidade.

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