Adaptação de Poema de Bertolt Brecht
24 novembro 2011
23 novembro 2011
Todos e todas na Greve Geral de 24 de Novembro de 2011
A
 Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN faz um forte apelo à 
participação dos trabalhadores e trabalhadoras em Portugal para que se 
associem à CGTP-IN e à UGT  e participem activamente na Greve Geral 
convocada por ambas as centrais sindicais.
A
 dureza das medidas que estão a ser tomadas pelo governo da direita mais
 conservadora constitui o maior ataque aos direitos dos trabalhadores, 
ao estado social, visando a destruição dos serviços públicos, onde todos
 e todas nós temos que dar uma resposta, combatendo e denunciando tais 
medidas.
Não
 podemos permitir que estas medidas empobreçam o país e esvaziem o 
conjunto de direitos sociais que desde o 25 de Abril fomos 
conquistando. 
Não podemos permitir o retrocesso civilizacional que querem impor a Portugal. É preciso lutar. 
Vamos todos e todas fazer greve a 24 de Novembro.
Greve Geral de 24 de Novembro de 2011
CONTRA A EXPLORAÇÃO E O EMPOBRECIMENTO
Portugal DESENVOLVIDO E SOBERANO
GREVE GERAL
24 Novembro 2011
Emprego, Salários, Direitos, Serviços Públicos
O
 país está confrontado com a apresentação pelo Governo PSD-CDS, de um 
novo e agravado programa de austeridade, sem paralelo desde o 25 de 
Abril. Recorde-se que Portugal já conheceu os programas de desastre do 
FMI em 1978 e em 1983. O novo pacote de austeridade não significa apenas
 a recessão económica, o empobrecimento generalizado da população e o 
aumento do desemprego. Representa um ataque brutal à democracia e também
 um recuo civilizacional, que põe em causa princípios basilares de 
estruturação social e direitos e garantias fundamentais, consagrados na 
Constituição da República Portuguesa. 
O
 país não pode responder a problemas económicos e sociais reais nem tem 
futuro com uma política que subordina os interesses nacionais ao capital
 nacional e multinacional e à estratégia das grandes potências 
europeias.   
Estamos
 perante um programa de agressão aos trabalhadores, ao povo e ao país. 
As medidas apresentadas são desastrosas, porque não só não resolvem a 
crise da dívida, como a agravam. Estas medidas, a concretizarem-se, 
mergulhariam ainda mais o país na recessão económica, que o Governo já 
admite seja da ordem dos 3% em 2012, o que irá agravar, em vez de 
reduzir, o peso da dívida.
As
 medidas do Governo de direita do PSD-CDS, da UE, FMI e BCE são 
inadmissíveis, porque, ao ser aprofundada a recessão, é criado um ciclo 
destrutivo de austeridade, de mais recessão e aumento da dívida, a 
exemplo do que aconteceu na Grécia, com os resultados desastrosos que 
hoje estão à vista de todos. 
O
 empobrecimento dos trabalhadores, não só da Administração Pública, mas 
também do sector privado, dos reformados e pensionistas e da população 
em geral é, não só socialmente injusto e intolerável, como 
contraproducente, porque a quebra do poder de compra está a ter efeitos 
devastadores no mercado interno, levando ao encerramento de empresas e à
 consequente perda de postos de trabalho. 
A
 generalidade da população, dos trabalhadores, dos jovens, dos 
desempregados e dos reformados e pensionistas está a pagar a factura de 
uma crise que não provocaram. Foram as políticas seguidas por sucessivos
 Governos que levaram às perdas de competitividade da economia 
portuguesa; à liquidação de parte do nosso tecido produtivo; a contratos
 desastrosos para o Estado no âmbito das parcerias público-privadas; ao 
buraco do BPN, que poderá consumir 3 mil milhões de euros; à não 
canalização do crédito ao sector produtivo; à falta de eficiência e a 
baixa produtividade de muitas empresas; à corrupção, à fraude e evasão 
fiscais e economia clandestina.
Os
 buracos de que o Primeiro Ministro fala têm origem nestas políticas 
levadas a cabo por sucessivos governos e que este prossegue e agrava com
 os impactos negativos de cada pacote de austeridade.
Esta
 é uma política de terra queimada! A não ser travada, a concretização de
 mais privatizações, nomeadamente da captação, tratamento e distribuição
 de água e resíduos, de redução de serviços nas empresas de transportes,
 e de cortes no Estado Social, designadamente na segurança social, na 
saúde e na educação, a par do agravamento da inflação, conduzirá a 
efeitos desastrosos no desenvolvimento do país, na qualidade dos 
serviços públicos, na política de prevenção e provocarão o aumento da 
precariedade, do desemprego, da pobreza e da exclusão social.
Em
 defesa dos direitos e dos interesses de quem trabalha, mas também pelo 
futuro de Portugal, a CGTP-IN não aceita e tudo fará para combater o 
roubo do subsídio de Natal de todos os trabalhadores em 2011, e dos 
subsídios de Natal e de férias dos trabalhadores da Administração 
Pública e do Sector Empresarial do Estado, assim como dos pensionistas 
em geral para os próximo 2 anos, os cortes nos salários, o agravamento 
dos impostos, a diminuição do valor e do poder de compra das pensões, a 
redução do subsídio de desemprego e a eliminação do abono de família e 
do rendimento social de inserção a milhares de famílias.
Rejeitamos
 o aumento da duração do trabalho em 2,5 horas, das 40 para as 42,5 
horas semanais, porque vai reduzir, em média, os salários em 7% e 
aumentar o desemprego, mas também porque é ilegal e subverte a 
negociação da contratação colectiva.
Tal
 como a redução dos feriados, que também se recusa, esta é uma medida 
que nada tem a ver com a redução da dívida ou do défice. Trata-se, tão 
só, de uma transferência directa dos rendimentos dos trabalhadores para 
os bolsos dos grandes accionistas e do grande patronato.
Intensificaremos
 a denúncia e combate aos ataques do Governo de direita e do patronato 
que pretendem utilizar e instrumentalizar a concertação social para pôr 
em causa direitos nucleares dos trabalhadores, incluindo a proibição do 
despedimento sem justa causa, o direito constitucional de contratação 
colectiva, as compensações por motivo de despedimento, a protecção 
social no desemprego e a desregulamentação dos horários de trabalho. 
Trata-se de uma subversão da Constituição da República Portuguesa. 
Portugal
 precisa de uma outra política que exija a renegociação da dívida – dos 
prazos, dos juros e dos montantes a pagar –, e promova o crescimento e o
 emprego com direitos, aposte na dinamização do sector produtivo, 
garanta o aumento dos salários e das pensões, assegure a defesa e o 
reforço das Funções Sociais do Estado e dos serviços públicos, valorize o
 trabalho e dignifique os trabalhadores.
Neste sentido, o Conselho Nacional da CGTP-IN, reunido a 18 e 19 de Outubro de 2011, decide:
−             Saudar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras
 de todos os sectores de actividade, assim como todos os que 
participaram nas Grandes Manifestações realizadas no dia 1 de Outubro, 
em Lisboa e no Porto, exortando-os a prosseguir a acção, a partir dos 
locais de trabalho, exigindo resposta positiva às suas propostas e 
reivindicações;
−             Intensificar
 o esclarecimento e a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras para
 as lutas que estão em curso e, desde logo, para a preparação das acções
 de sensibilização, de mobilização e de presença na rua que terão lugar 
entre 20 e 27 de Outubro;
−             Apelar
 a todas as organizações sindicais, assim como aos trabalhadores dos 
sectores privado e público, a indispensável convergência na acção com 
vista ao reforço da unidade na acção a partir dos locais de trabalho, na luta contra este programa de agressão, por melhores condições de vida e de trabalho, por um Portugal com futuro;
−             Convocar uma Greve Geral para o dia 24 de Novembro de 2011,
 contra a exploração e o empobrecimento; por um Portugal desenvolvido e 
soberano; pelo emprego; salários; direitos; serviços públicos;
−             Promover, através das Uniões Distritais de Sindicatos, no dia da Greve Geral, acções públicas em diversos Distritos
 para dar expressão pública à indignação geral contra a política de 
direita e as posições retrógradas do patronato, e exigir uma mudança de 
política que respeite e valorize os trabalhadores e assegure o 
desenvolvimento económico e social do país.
15 novembro 2011
04 novembro 2011
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