Há vinte anos, a Academia Real das Ciências da Suécia atribuía o Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
Lembrar a atribuição do Prémio a Saramago é lembrar o escritor e a
sua obra de génio, é homenagear a literatura. É recordar o homem e o
escritor que evoca singularmente a causa e a obra dos que nem sempre
figuram, com o devido destaque, nos livros de História e na memória
colectiva.
O autor de Memorial do Convento sublinha-o em Cadernos de Lanzarote,
nas palavras que recupera de uma comunicação que proferiu na biblioteca
de Mafra: «A satisfação de estar vivo e de criar durante o pouco tempo
que por cá andamos torna-se em autocomplacência mesquinha se de caminho
olvidamos ou maltratamos a herança multímoda de quem antes de nós viveu e
criou, fossem eles os ignorados operários de Mafra ou o arquitecto que
desenhou a obra.»
A 14 de Outubro, mês em que lhe foi atribuído o Prémio Nobel, a
CGTP-IN prestou-lhe singela homenagem no decurso de uma vigília em
defesa da Segurança Social e contra a revisão da legislação laboral. A
vigília decorreu no Terreiro do Paço e contou com a sua presença.
Renovamos hoje a nossa homenagem.
Obrigado, José Saramago!
08.10.2018
Departamento de Cultura e Tempos Livres da CGTP-IN
Departamento de Cultura e Tempos Livres da CGTP-IN
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