Joaquim Benite pugnava pela participação dos trabalhadores no "seu" teatro e nas "suas" peças, fazendo questão que muita da audiência vestisse "fato-macaco".
A CGTP-IN enviou uma mensagem de condolências à família de Joaquim Benite, cujo conteúdo se transcreve:
“Foi com pesar que recebemos a notícia da morte de Joaquim Benite.
A CGTP-IN rende sincera homenagem à sua memória. Do cidadão notável, do militante política e socialmente empenhado, do encenador abnegado, do criador persistente, do jornalista, do amante da língua, do homem de teatro e de cultura.
Amigo, camarada, companheiro de lutas, sempre esteve com a CGTP-IN na procura de uma sociedade mais justa, mais humana, mais culta.
O seu trabalho e a sua obra, designadamente à frente do teatro Municipal de Almada, a sua simples presença, marcaram várias gerações de sindicalistas e de trabalhadores portugueses. Joaquim Benite pugnava pela participação dos trabalhadores no "seu" teatro e nas "suas" peças, fazendo questão que muita da audiência vestisse "fato-macaco".
Shakespeare e Brecht, Moliére e Lorca, Pushkinv e Bulgakov, Gil Vicente e Almeida Garrett, Neruda, Duras, O'Neill e Saramago, tantos foram os autores, clássicos e contemporâneos, nacionais e internacionais, que Benite trouxe à luz de cena.
Este nosso mundo viu-o a colaborar afincadamente na defesa dos direitos dos trabalhadores, mesmo antes do 25 de Abril. Continuou depois. Sempre, na hora certa, nos momentos difíceis e adversos, na festa, nas festas, nas lutas.
Joaquim Benite marcou sempre presença ao lado das causas dos trabalhadores, estando solidário com a última greve geral do passado dia 14 de Novembro de 2012.
É com tristeza que o vemos partir.”
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