Em reunião do Conselho de Administração do
Instituto Emprego e Formação Profissional (IEFP) da qual faço parte em
representação da CGTP-IN.
Estamos analisar a informação mensal do
mercado de trabalho. Dados preocupantes que me deixam cada vez mais em estado
choque. Senão vejamos:
O desemprego registado aumentou 22,5% de
Outubro de 2011 a Outubro de 2012, chegando aos 695.000 desempregados, portanto
muito abaixo do real.
Os dados do INE, apesar de se reportarem
apenas ao 3º trimestre dão um quadro mais próximo da realidade. A taxa de
desemprego oficial atingiu os 15,8% no 3º trimestre, o que se traduz em 870,9
mil trabalhadores desempregados, mais 26,3% do que há um ano. Entre os jovens
com menos de 25 anos a taxa oficial é de 39%.
Mas o desemprego real é já de 1 milhão 391
mil pessoas (juntando os inactivos disponíveis e indisponíveis, e o subemprego
dos trabalhadores a tempo parcial) e a taxa de desemprego correspondente de
24%, sendo de 52,4% entre os jovens até aos 25 anos. Muitos emigram,
nomeadamente os que têm entre 25 e 34 anos. A população total desta faixa
etária diminuiu em 69 mil desde o início do ano.
Desde que o Governo direita do PSD/CDS tomou
posse foram destruídos 237 mil postos de trabalho, sendo a protecção no
desemprego cada vez menos abrangente. Apenas um quarto dos desempregados tem
agora acesso a uma prestação de desemprego, o que deixa mais de um milhão de
desempregados e suas famílias em grandes dificuldades.
Um cenário catastrófico. E em 2013 e 2014
será o descalabro. Senão vejamos:
Na altura da assinatura do memorando de
entendimento, em Maio de 2011, a previsão de crescimento do PIB em 2014 era de
2,5%. Agora a previsão para o mesmo ano é de 0,8%.
Está tudo dito e facilmente se percebem as
consequências.
Mas o governo do PSD/CDS continua a insistir
na mesma receita de austeridade que nos vai levar ao abismo.
É preciso acabar com esta política e este
governo antes que este governo e esta política acabem com o país.
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