“Unidos
nos ideais de Abril
Contra
a exploração e o empobrecimento”
A
propósito da iniciativa convocada pela CGTP-IN para o dia 2 de Junho de 2012,
na Casa do Alentejo, em Lisboa, que é um encontro de confraternização entre
antigos e actuais dirigentes, com o lema: “Unidos nos ideais de Abril – Contra a
exploração e o empobrecimento”, os sindicalistas socialistas da
Confederação informam que:
1- Desde
o início do processo, de forma especial após o consenso encontrado sobre o lema
da iniciativa, que demos o nosso contributo no âmbito dos órgãos dirigentes da
CGTP-IN, no sentido de valorizar esta iniciativa como um espaço de afirmação da
CGTP-IN, valorização do sindicalismo e dos sindicatos, no respeito pela Unidade,
principio que desde sempre caracterizou a nossa Confederação;
2-
Estivemos de acordo com a ideia de reconhecer
e homenagear os antigos dirigentes, possibilitando a sua intervenção na
iniciativa e, considerando o princípio da Unidade, propusemos a intervenção de
vários sindicalistas socialistas que, no passado, exerceram funções
dirigentes na CGTP-IN. Estas propostas foram aceites. Sugerimos, também, a
intervenção de Ulisses Garrido, sindicalista reconhecidamente independente e da
área católica, sem que a proposta tenha sido aceite;
3-
Ao mesmo tempo propusemos que, quanto
ao presente, fossem feitas intervenções de actuais dirigentes sindicais
que, no quadro da composição dos actuais órgãos, expressam na actualidade e
coerentemente o exercício do referido princípio de Unidade;
4-
Por fim, Arménio
Carlos , na sua qualidade e com a legitimidade que possui de
Secretário-geral, encerraria os trabalhos, estabelecendo a ligação entre o passado e o
presente e projectando o futuro, funcionando a sua intervenção como
corolário das intervenções anteriores;
5-
Esta proposta foi sendo constantemente
recusada, sem qualquer preocupação quanto à expressão da Unidade da CGTP-IN, no
presente, tão essencial nestes tempos em que sofremos o maior
ataque do governo PSD/CDS, conservador e neoliberal, ao Estado Social, aos
direitos dos trabalhadores e às suas organizações representativas;
6-
Fizemos propostas que visavam valorizar a
CGTP-IN e dignificar a iniciativa de 2 de Junho, mas parece que a maioria dos
dirigentes da CGTP-IN tem uma interpretação da Unidade centrada e
expressa somente no passado, sem qualquer relação objectiva com o presente e
sem horizontes de futuro;
7-
Neste sentido, e porque a maioria dos
dirigentes não aceitou as nossas propostas, decidimos não participar
no encontro de 2 de Junho de 2012, na Casa do Alentejo.
Reafirmamos
que a CGTP-IN, sendo a mais bela construção dos trabalhadores e para a qual
todos trabalharam no passado, continua a ser de todos e para todos no
presente.
Por
isso, os sindicalistas membros da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, tal
como no passado, estão todos mobilizados e a mobilizar os trabalhadores,
trabalhadoras e a Sociedade em geral para as grandes manifestações de 9 de Junho,
no Porto, e de 16 de Junho, em Lisboa, com o objectivo de derrotar a política
do Governo de direita e extrema-direita do PSD/CDS e contra a exploração e o
empobrecimento.
Lisboa, 31 de Maio de 2012
O Secretariado Nacional da
Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN
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