23 abril 2025

Doação de acervo documental de Américo Nunes à CGTP-IN

No dia 23 de Abril, formalizou-se a doação do acervo documental de Américo Nunes à CGTP-IN.

A cerimónia de assinatura do auto de doação, realizada no Espaço Memória da CGTP-IN, no Seixal, contou com as intervenções do doador, Fernando Gomes membro do Secretariado do Conselho Nacional da CGTP-IN e, responsável pelo Centro de Arquivo e Documentação e, do Secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.

O acervo é composto pela biblioteca do histórico dirigente sindical, parte da qual já se encontra pesquisável, pelo arquivo que constituiu ao longo da sua vida sindical e de militante, e por um conjunto heterogéneo de peças de natureza museológica, com destaque para a bandeira da Intersindical que empunhava nas manifestações em que participou a seguir ao 25 de Abril.

Pela sua dimensão e diversidade tipológica, o fundo documental que Américo Nunes doou à CGTP-IN entre 2010 e 2024 não é apenas uma importante fonte para o estudo da história da CGTP-IN e do movimento operário e sindical. É também um caso de estudo sobre como se forma um dirigente sindical, os seus métodos de estudo e de trabalho, os seus interesses culturais, políticos e ideológicos.

Américo Nunes foi membro da Comissão de Trabalhadores do Hotel Tivoli até 2004, co-fundador da Federação Nacional dos Sindicatos de Hotelaria e seu coordenador de 1977 a 1986. Integrou a Direcção do Sindicato de Hotelaria do Sul entre 1974 e 2012, foi membro suplente do Secretariado da Intersindical entre 1975 e 1977, membro do Conselho Nacional da CGTP-IN entre os mandatos 1983-1986 e 1999-2004, do Secretariado do Conselho Nacional da CGTP-IN entre os mandatos 1996-1999 e 1999-2004, membro suplente da Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN no mandato 1986-1989 e membro efectivo entre os mandatos 1989-1993 e 1999-2004. Entre 1986 e 2004, teve a seu cargo a coordenação do departamento de Organização Sindical e Política de Quadros.



Fotografias do Arquivo da CGTP-IN/Jorge Caria

20 setembro 2022

Boletim CGTP Cultura sobre Arquivos da CGTP-IN

 Aqui fica o n.º 1 da terceira série do CGTP Cultura com um novo layout.

O CGTP Cultura foi criado para dar expressão publica às actividades da área da Cultura e Tempos Livres da CGTP-IN e agora também sobre o Centro de Arquivo e Documentação da CGTP-IN.

Esta edição é sobre o trabalho desenvolvido no âmbito do projecto que temos vindo a desenvolver sobre património documental e museológico da CGTP-IN.

14 janeiro 2022

Intervenção de Fernando Gomes, Secretário-Geral da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, no encontro com António Costa

Fernando Gomes, Secretário-Geral da Corrente, por ocasião do encontro de António Costa com o mundo do trabalho que se realizou hoje no Auditório do Metropolitano de Lisboa, estação do Alto dos Moinhos.




Encontro com António Costa e o Mundo do Trabalho

Sexta-feira | 14 de Janeiro | 11 horas

Auditório do Metropolitano de Lisboa – Alto dos Moinhos, Lisboa

Intervenção de Fernando Gomes

Secretário-Geral da

Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN

Estimados Camaradas:

António Costa, Secretário-Geral do PS,

Sérgio Monte, Secretário Nacional do PS para o Trabalho,

Ana Paula Bernardo, Secretária-Geral-Adjunta da UGT,

Mário Mourão, Presidente da TS do PS,

Fátima Fonseca, Secções Acção Sectorial,

Camaradas delegados, dirigentes e activistas sindicais,


Em nome da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, saúdo-vos fraternalmente e, através de cada um de vós, saúdo os trabalhadores e trabalhadoras que vivem e trabalham em Portugal, saudando também muito calorosamente o Partido Socialista por realizar esta importante iniciativa com o mundo do trabalho.

Recordo que a Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN enquadra delegados, dirigentes e activistas sindicais socialistas e independentes que desenvolvem a sua actividade no âmbito dos sindicatos, uniões e federações e nos órgãos centrais da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional.

Camaradas,

Segundo os dados do INE relativos a Novembro de 2021, a população empregada entre os 16 e os 74 anos nunca foi tão elevada (+ 4852 milhões). Esta é uma das marcas da governação do Partido Socialista, que apesar da crise pandémica, fruto dos apoios dados às empresas e aos trabalhadores e às suas famílias, conseguiu evitar o crescimento do desemprego, que, em Novembro de 2021, se situava nos 6,3%.

Nós, sindicalistas socialistas e independentes, desenvolvemos a nossa acção sindical no seio dos trabalhadores, conhecemos os seus anseios e aspirações, as suas dificuldades e preocupações, pois intervimos em sectores de actividade em que a acção política do governo tem impacto, tanto no sector privado como na Administração Pública.

Estamos presentes e agimos sindicalmente nos sectores de actividade em que os baixos salários e o salário mínimo são predominantes, desde a restauração às cantinas, refeitórios e hotéis até às limpezas industriais, serviço doméstico e vigilância privada, passando pelo vestuário, têxteis, lanifícios e calçado, entre muitos outros. Nestes sectores precisamos de dinamizar a contratação colectiva.

É por isso que importa valorizar, em primeiro lugar, as conquistas do governo do PS alcançadas com o salário mínimo nos últimos sete anos, incluído já 2022. De facto, foram mais 200€ mensais (40%) em sete anos – nunca, desde o 25 de Abril, houve um incremento tão grande do Salário Mínimo Nacional (SMN).

Depois, queremos afirmar que o objectivo dos 900€ até 2026 é justo, coerente e responsável. Justo porque os trabalhadores e trabalhadoras merecem uma vida melhor. Coerente e responsável porque o governo do PS e de António Costa cumpriu, até agora, o que estava estabelecido para o SMN. Esta é a garantia de que em 2026 teremos 900€ de SMN – desde que o PS continue a governar, porque o PSD já afirmou que, se for governo, não vai haver aumentos do Salário Mínimo Nacional.

Camaradas,

Na Administração Pública, os trabalhadores e trabalhadoras que representamos, entre outros, os técnicos superiores de saúde das áreas de diagnóstico e terapêutica, os professores e auxiliares de educação, os funcionários judiciais, os trabalhadores das autarquias, anseiam que, na próxima legislatura, além da valorização salarial, exista diálogo social e negociação sobre as suas carreiras.

Camaradas,

Este encontro de António Costa com o mundo do trabalho é muito oportuno e extremamente relevante. Tive oportunidade de defender, no âmbito do Gabinete Estudos do PS, que a mensagem do nosso Partido deve dirigir-se, em primeiro lugar, aos trabalhadores e às trabalhadoras.

Conquistas (2015-2021)
Hoje, estamos a dirigir-nos a este eleitorado. Importa, pois, sermos directos.

Além da marca da valorização do Salário Mínimo Nacional nos últimos anos e do objectivo de chegar aos 900€ até 2026, que aqui já referi, há que lembrar ainda outras importantes conquistas do governo do PS e de António Costa que beneficiaram, directa ou indirectamente, os trabalhadores e as suas famílias – e, por reflexo, as próprias empresas:

· A redução das propinas, desde 2017, de 1 063,47€ para 697€;

· Os manuais escolares gratuitos para mais de 900 mil alunos da escolaridade obrigatória;

· O reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), entre 2015 e 2021, com mais 28 741 profissionais de saúde e o investimento em mais de 2,5 mil milhões de euros;

· O êxito da vacinação contra a COVID-19;

· A garantia de sustentabilidade da Segurança Social (SS) em mais de vinte anos e o fundo de estabilização financeira da SS a garantir pensões por cerca dois anos;

· A recuperação de rendimentos, o descongelamento de algumas carreiras na Administração Pública;

· E, finalmente, a política mais importante que beneficiou directamente os rendimentos de centenas de milhares de famílias – a redução dos passes sociais.

E o governo PS e António Costa realizaram estas políticas em seis anos com uma outra importantíssima vitória – em 2019, atingiu-se o primeiro excedente orçamental em democracia, 440 milhões de euros, o que tem reflexos directos no equilíbrio das finanças públicas.

Camaradas,

Quero deixar também uma referência sobre o plano de reestruturação da TAP, cuja aprovação junto da Comissão Europeia o nosso governo conseguiu garantir. Conhecemos as preocupações de muita gente porque só ouvem na comunicação social falar dos milhões de euros de dinheiro público que são injectados na empresa. Precisamos de apresentar às pessoas as consequências sociais e económicas do fim da TAP.

· Anualmente, perderíamos cerca de 3 mil milhões de euros de exportações;

· Mais de mil empresas fornecedoras, a quem a TAP faz compras, perderiam cerca de 1300 milhões de euros anuais;

· 10 mil trabalhadores, directos, iriam para o desemprego.

Era este o caderno de encargos que pesaria sobre milhares de trabalhadores e suas famílias, empresas, a economia e o país e sobre o qual o Estado teria de responder, caso o nosso governo tivesse decidido o fim da TAP – felizmente, o governo PS tomou a decisão política correcta. Mas, camaradas, se o PSD for governo, acabará com a TAP, conforme já prometeu.

Caro Secretário-Geral, Caros e Caras Camaradas,

Estas eleições significam um confronto entre dois modelos de desenvolvimento. O combate à direita e à extrema-direita exige, da nossa parte, mobilização e intervenção para explicar as políticas concretizadas pelo governo do PS. É preciso lembrar as conquistas dos últimos seis anos, desde a recuperação da economia até ao combate à pandemia, e afirmar que só o Partido Socialista e António Costa podem continuar esta trajectória.

Propostas (2022-2026)
Enquanto sindicalista socialista da CGTP-IN, importa referir que, nestas eleições, o programa eleitoral do PS, em muitas matérias, dá resposta aos anseios e às preocupações dos trabalhadores e trabalhadoras e das suas organizações sindicais. O discurso sobre o mundo do trabalho não é exclusivo de nenhum partido, muito menos do BE e do PCP, que se aliaram à direita e à extrema-direita para chumbar o Orçamento do Estado para 2022 e impedir a concretização de políticas progressistas que o integravam.

Assim, realço como muito positivas algumas das propostas que constam do programa eleitoral do PS:

· A construção, até 2026, de cem unidades de cuidados de saúde primários e a construção dos hospitais Central do Alentejo, Lisboa Oriental, Seixal, Sintra, Central do Algarve e a maternidade de Coimbra, reforçando assim o SNS;

· A alteração do regime de recrutamento dos professores, introduzindo factores de estabilidade no acesso à carreira;

· As creches gratuitas, de forma progressiva, até 2024;

· A redução da pobreza, em geral, salientado a importância da diminuição da pobreza nas crianças e nos trabalhadores;

· A concretização da agenda do trabalho digno, de forma especial, todas as medidas que combatam a precariedade dos vínculos laborais;

· A discussão de novas formas de equilíbrio dos tempos de trabalho, incluindo a ponderação de aplicabilidade em diferentes sectores das semanas de quatro dias;

· O aumento do rendimento médio por trabalhador em 20% entre 2022 e 2026;

· E, por fim, pelo impacto positivo na vida de cada vez mais trabalhadores, e que já referi, o aumento do salário mínimo nacional para 900€ em 2026.

Assim, a Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN apela aos trabalhadores e às trabalhadoras para que, a 30 de Janeiro, votem no Partido Socialista por forma a que António Costa continue como primeiro-ministro.

Só António Costa e o PS estão em condições de nos garantir estabilidade governativa, credibilidade junto da UE através de uma política de contas certas, a continuidade do trabalho de recuperação da economia no sentido do desenvolvimento sustentável, a garantia de que vai continuar a enfrentar os desafios que a pandemia nos trouxe e a trabalhar para que a classe trabalhadora tenha um país melhor.

Viva os Trabalhadores e Trabalhadoras!

Viva o Sindicalismo Democrático, Reivindicativo e Autónomo!

Viva o PS!

Viva Portugal!

20 novembro 2021

Entrevista na Rádio Latina no Luxemburgo

Eduardo Dias, secretário central do Departamento da Imigração da OGBL, recebe Fernando Gomes, do Departamento de Migrações da #CGTP, no seu programa "Trabalho e Sociedade" na Rádio Latina.
A gravação do programa, sob a realização exímia de Hélder Rodrigues, decorreu nos novos estúdios da estação emissora em Howald.

Entrevista na Rádio Latina: em análise as causas da emigração, desemprego, baixos salários, vínculos precários. A emigração para o Luxemburgo. A importância da sindicalização na OGBL dos trabalhadores portugueses no Luxemburgo para estarem mais protegidos.

18 novembro 2021

CGTP-IN (Migrações) reúne com OGB.L no Luxemburgo

Decorre neste momento uma reunião de trabalho entre uma delegação da CGTP-IN e a OGBL na Câmara dos Assalariados (CSL), em Bonnevoie.

Pela CGTP-IN está presente Fernando Gomes, do Departamento das Migrações, e Carlos Trindade, do sindicato português STAD e ex-responsável do Departamento das Migrações da CGTP-IN.
Pela OGBL estão presentes: Nora Back, presidente da OGBL; Carlos Pereira e Véronique Eischen, da Comissão Executiva da OGBL; e Eduardo Dias e Sónia Neves, do Departamento dos Imigrantes da OGBL.
Entre os assuntos em cima da mesa está a preparação da celebração dos 30 anos em 2022 do acordo de cooperação assinado entre a CGTP-IN e a OGBL em 1992.

16 novembro 2021

CONGRESSO DA TENDÊNCIA SINDICAL SOCIALISTA DA UGT (TSS DA UGT)

A Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN participou este sábado, 13 de Novembro de 2021, na sessão de encerramento do VIII Congresso da TSS da UGT, com uma delegação composta por Fernando Gomes (Secretário-Geral da CSS da CGTP-IN), Carlos Trindade, Fernando Jorge Fernandes e Luís Dupont.

Na ocasião o Secretário-Geral da CSS da CGTP-IN teve oportunidade de se dirigir ao Congresso e felicitar Mário Mourão, eleito Secretário-Geral da TSS da UGT.
Fotografias de:
©TSS da UGT
©PS/Jorge Ferreira

12 novembro 2021

Conferência "Movimento Sindical: Arquivos, Memória e Património

A conferência está a decorrer no auditório da CGTP-IN, em Lisboa, reunindo confederações sindicais do Brasil, Espanha e França e organizações nacionais para debater a situação do património documental e museológico do movimento sindical.

Ver programa com horários em baixo:


27 outubro 2021

CGTP-IN promove conferência internacional sobre arquivos, memória e património do movimento sindical

A conferência realiza-se a 12 de Novembro de 2021, no auditório da CGTP-IN, em Lisboa, reunindo confederações sindicais do Brasil, Espanha e França e organizações nacionais para debater a situação do património documental e museológico do movimento sindical.

Foi no contexto do trabalho, do processo produtivo, do processo transformador da economia que se produziu a maior quantidade de fundos documentais. A produção documental das organizações sindicais acompanha, naturalmente, estes processos.

Como estão estas organizações, em Portugal, a salvaguardar o seu património documental e museológico? Que projectos existem no nosso país que promovam a organização, preservação e valorização deste património?

Há políticas públicas que estimulem e apoiem o conhecimento e protecção destes acervos? A legislação existente assegura a concretização destas tarefas? Para abordar estas questões, a CGTP-IN convidou a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Importa também saber como enquadram as associações de profissionais da informação este sector, estas preocupações, na sua actividade. Contamos com a Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Profissionais da Informação e Documentação (BAD) para nos elucidar sobre este tema. 

E no plano internacional, que exemplos de entidades congéneres poderão servir-nos de referência? Convidámos, para o efeito, a Central Única de Trabalhadores (CUT), do Brasil, as Comisiones Obreras (CCOO) e a Unión General de Trabajadores (UGT), ambas de Espanha, e a Confédération Générale du Travail (CGT), de França. 

Estas são algumas das questões que motivaram a CGTP-IN a promover esta conferência. Pretende esta confederação estimular a discussão em torno destes temas e apresentar o trabalho que tem em curso no que respeita à organização, preservação e valorização do seu património documental e museológico. 

Será esta ainda ocasião para sensibilizar trabalhadores, dirigentes, delegados e funcionários sindicais, comunidade académica, sociedade em geral, para a importância da salvaguarda deste património e a sua relevância para o conhecimento da memória operária e sindical e, com isso, para uma mais completa compreensão da nossa história colectiva, em todos os domínios da vida do nosso país, desde meados do século XIX.

Inscrições (limitadas) até 5 de Novembro: https://tinyurl.com/8pst9m92